Impostômetro

Brasileiros já arcaram com R$ 2 trilhões em impostos este ano

O resultado representa um crescimento de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o painel mostrava R$ 1,7 trilhão

Impostômetro
Foto: Comunicação Institucional /ACSP

Os brasileiros já pagaram, até então, R$ 2 trilhões em impostos no ano, apontou o Impostômetro – painel da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

O resultado representa um crescimento de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o painel mostrava R$ 1,7 trilhão.

O montante foi pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o avanço de 2024 sobre o ano anterior foi registrado 40 dias mais cedo, impulsionado pelo aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS e Cofins nos combustíveis.

“Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, na medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhões”, completou o economista.

De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu a marca de R$ 2 trilhões em impostos pela primeira vez em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, o Impostômetro registrava R$ 1,1 trilhão em impostos pagos pelos brasileiros.

Arrecadação de impostos soma R$ 190,611 bi e bate recorde

arrecadação federal de impostos avançou 7,2% em março deste ano, comparado a 2022, somando R$ 190,611 bilhões – um recorde para o mês em toda a série histórica. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23) pela Receita Federal.

No acumulado deste ano, o recolhimento atingiu, por sua vez, R$ 657,769 bilhões, alta real de 8,36%. Sem correção inflacionária, a arrecadação teve alta de 11,43% em março.

Considerando somente as receitas administradas pela Receita Federal, houve alta real de 6,06% em março, somando R$ 182,876 bilhões. No ano, as administradas somaram R$ 624,772 bilhões, alta real de 8,11%.

Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 7,734 bilhões no mês passado, alta real de 44,87%. No ano, a arrecadação de outros órgãos alcançou R$ 32,997 bilhões, alta real de 13,17%.

O Fisco não levou em conta fatores que considera atípico para a arrecadação, que teria sido de R$ 179,496 bilhões caso a cobrança de IR (Imposto de Renda) sobre fundos exclusivos – que rendeu R$ 3,380 bilhões aos cofres públicos – tivesse sido pontuada.

PIS/Pasep e a Cofins são destaque

A arrecadação com PIS/Pasep e a Cofins foi um dos destaques positivos da arrecadação federal em março deste ano, alcançando R$ 40,927 bilhões, alta de 20,63%.

Logo em seguida, a arrecadação previdenciária – que totalizou R$ 53,024 bilhões, com crescimento real de 8,40% – puxou o recorde. Em terceiro lugar, foi a cobrança de IR (Imposto de Renda) sobre capital, que rendeu R$ 10,508 bilhões aos cofres públicos em março, alta real de 48,87%.

O aumento real de 7,90% da massa salarial, do montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em relação a março de 2023 e da tributação dos fundos exclusivos justificam a alta nas arrecadações, segundo o Fisco.

Por fim, a cobrança de IR sobre trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 18,024 bilhões, crescimento real de 3,77%.

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