Economia

Brasileiros já pagaram R$ 3 tri em impostos no ano

Esse montante em impostos foi alcançado 54 dias mais cedo do que em 2023, um aumento de 20% na arrecadação

Foto: CanvaPro
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Desde o início deste ano, os impostos pagos pelos brasileiros chegaram à marca de R$ 3 milhões, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu, divulgados nesta sexta-feira (1º).

Esse montante em impostos foi alcançado 54 dias mais cedo do que em 2023, o que representa um aumento de 20% na arrecadação na comparação anual. No ano passado, o valor foi alcançado apenas em 25 de dezembro. 

Conforme comparação ilustrada pela Associação, o valor seria o suficiente para comprar 42,8 milhões de carros populares ou mais de 3 bilhões de celulares simples. 

Para Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP, o cenário é um reflexo do crescimento econômico e também da carga tributária elevada. Além disso, ele destacou a disparidade entre a arrecadação e o retorno para a sociedade.

“Já esperávamos alcançar os R$ 3 trilhões de forma antecipada, mas é preocupante que esse aumento na arrecadação não se traduza em benefícios visíveis para a população”, afirmou o presidente da Associação.

A necessidade de investimentos públicos mais eficientes, alertou Ordine, observando que uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) se destina ao custeio da máquina pública, com pouco espaço para investimentos em obras e programas sociais.

Impostos corporativos barram avanço dos negócios brasileiros

Enquanto os corporativos europeus, norte-americanos e de outras origens, encontram mais espaço e usufruem de acordos, iniciativas e investimentos firmados, do outro lado do muro, as empresas latino-americanas e caribenhas lidam com a maior média de impostos corporativos do mundo, como indicou o Banco Mundial.

Essa separação, conforme apontaram especialistas consultados pelo BP Money, cria uma barreira que prende o crescimento das empresas e a atração dos investimentos.

A América Latina e o Caribe, segundo a instituição, têm os maiores impostos para empresas do mundo, com o Brasil e a Colômbia liderando o ranking. Só de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica), os as empresas brasileiras pagam 15%, quando de menor porte. 

Grandes companhias recebem uma carga tributária ainda maior, incluindo o adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. Além disso, há também a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Sendo assim, esse grupo carrega uma carga tributária em torno de 34% no Brasil.

“Em termos econômicos, a alta carga tributária sobre as empresas brasileiras gera ineficiências produtivas, reduz a competitividade internacional e desincentiva a inovação, visto que muitas vezes é necessário deixar de investir para cumprir com obrigações fiscais”, disse Bruno Fediuk de Castro, sócio da DMGSA e da ALLSHOSE. 

Entre os negócios domésticos, dois setores essenciais para a economia tem despontado na tentativa de dar alguns alguns passos à frente e competir próximo às companhias estrangeiras: a energia e o agronegócio. 

O campo do agro é um velho conhecido da economia brasileira, visto que os itens mais comercializados do País são as commodities, que ainda exercem o maior peso no Ibovespa com a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4)

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