O BTG Pactual (BPAC11) passou a incorporar em seu cenário uma taxa de câmbio mais depreciada em 2024 e 2025. A perspectiva surge em meio a um cenário de queda nos preços das commodities e incertezas em relação à situação fiscal no Brasil.
Além de prever uma depreciação, o BTG Pactual (BPAC11) alertou para a necessidade de um compromisso maior com a sustentabilidade da dívida pública.
“A implementação de medidas que contornem o Orçamento ou a perda de revisão da política monetária pode levar o dólar a ultrapassar R$ 6,00”, afirmou a instituição, de acordo com o “Valor “
Por outro lado, no cenário central, o BTG trabalha com o dólar a R$ 5,50 no final deste ano, uma elevação em relação à estimativa anterior, que era de R$ 5,40.
“Ações concretas que reforçam o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal podem levar o câmbio a patamares mais apreciados, chegando a R$ 5,20 por dólar”, indicou a economista Iana Ferrão, responsável pelo setor externo do banco.
A economista ainda alertou que a moeda norte-americana pode superar R$ 6,00 em cenários de perda de remuneração monetária e fiscal.
Ex-BTG e ex-MAG criam gestora para atuar em special situations
Wilian Andrade (ex-BTG) e Dyego Galdino (ex-MAG), na contramão de outras assets, que tentam se proteger do risco de fechamento ou fusões, criaram um negócio “monoativo”. A Kaya Asset Management, recebeu a licença da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para atuar como gestora de recursos, com foco nos investimentos alternativos em special situations.
A gestora já está captando, como primeira estratégia, um fundo de R$ 100 milhões, focado em ativos ilíquidos, de acordo com o “NeoFeed”. O prazo do fundo será de quatro a seis anos com uma taxa interna de retorno (TIR) projetada de 25% ao ano.
“Esse mercado no exterior é gigantesco, mas aqui estamos só no começo. Há um potencial grande de explorar esse enorme mercado de dívida que é o brasileiro”, afirmou Galdino, CEO da Kaya, segundo o veículo.