O cenário econômico do Brasil se tornou mais crítico, avaliou Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro e atual economista-chefe do BTG Pactual (BPAC11). Segundo ele, o governo precisa promover ajustes estruturais na política fiscal para enfrentar os desafios atuais.
“A trajetória é de alta de juros e inflação. No início do ano, o mercado projetava uma inflação de 3,5%, mas estamos caminhando para algo próximo de 5%. Para 2025 e 2026, último ano deste governo, a pesquisa Focus indica que a inflação também está se distanciando da meta de 3%”, destacou Almeida.
Ele reforçou que, diante desse cenário mais adverso, medidas fiscais estruturais são essenciais. “A economia piorou mais do que o mercado previa no início do ano, quando havia um otimismo exagerado. Naquele momento, a inflação projetada era de 3,5%, com juros entre 8,5% e 9%. Hoje, o cenário é muito diferente”, completou.
BTG Pactual (BPAC11) lucra R$ 3,2 bi no 3TRI24, alta de 17,3%
O BTG Pactual (BPAC11) fechou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 3,207 bilhões, um avanço de 17,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As receitas totais do banco alcançaram R$ 6,44 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 13,9% em comparação ao mesmo período de 2023.
As despesas administrativas e gerais tiveram um aumento de 4,7% no trimestre, subindo de R$ 655,9 milhões no segundo trimestre de 2024 para R$ 686,8 milhões no terceiro trimestre.
O portfólio de crédito alcançou R$ 210,4 bilhões, representando um crescimento de 8,0% no trimestre e de 31,0% ao longo do ano.
O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) aumentou para 22,5% no terceiro trimestre, em comparação com 23,2% no mesmo período do ano anterior.
O patrimônio líquido do banco chegou a R$ 56,3 bilhões no terceiro trimestre, superior aos R$ 53,0 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.