Warren Buffett enviou, em sua carta anual aos acionistas da Berkshire Hathaway, uma mensagem de advertência ao governo dos EUA. Buffett pede que Washington trabalhe para manter a moeda norte-americana estável.
“O papel-moeda pode ver seu valor evaporar se a insensatez fiscal prevalecer”, escreveu. O investidor alertou que em alguns países a indisciplina regulatória se tornou habitual e que os EUA já chegaram muito perto do limite.
Apesar da preocupação com a situação fiscal do país, o acionista disse ainda preferir ações dos EUA e ainda mais ter mais certeza no em seus investimentos no mercado financeiro, ao invés de dinheiro. Como apurou o portal Invest, o sócio da Berkshire reforçou que sua companhia ainda é uma jogadora importante no cenário.
Durante a última década, o preço das ações da Berkshire subiram 225%, enquanto o índice das mesmas avançou 241%, incluindo dividendos, e 185% excluindo, segundo dados da Reuters.
Governo aposta em política fiscal para reancorar expectativas de inflação
Para reancorar as expectativas de inflação, a aposta do governo é em uma condução contracionista da política fiscal este ano, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, de acordo com o “Valor”.
Notícias Relacionadas
Estados Unidos
Putin prepara Rússia para retorno de empresas ocidentais
Putin deseja que as companhias russas tenham “certas vantagens” em relação “às que retornarem ao nosso mercado”
Investimentos
Haddad anuncia crédito extraordinário de R$ 4 bi para o Plano Safra
O valor havia sido suspenso pois ainda não tinha aprovação na LOA de 2025, mas já foi aprovado pelo TCU, disse Haddad
“Eu acho que está todo mundo alinhado e preocupado em garantir que esse processo de reancoragem da inflação corrente e da inflação futura no horizonte de tempo relevante aconteça o mais rápido possível”, disse.
Ao passo que a percepção de risco quanto ao governo federal adotar medidas de elevação dos gastos públicos for afastada, o processo pode ser acelerado, comentou Ceron.
“Uma preocupação grande, que fica entrando em todos os macropreços, é a incerteza, o risco de o governo atuar na ponta oposta à política monetária, prolongando ou até intensificando o esforço do Banco Central, consequentemente gerando impactos em dívida pública”, disse.
O secretário do Tesouro ainda completou afirmando que o governo irá atuar de forma harmônica com o BC (Banco Central). “Nós vamos ser contracionistas para poder ajudar que esse processo seja célere e o menos custoso possível para a sociedade”, acrescentou.
