
A segunda-feira (29) chega com agenda econômica mais curta, típica do fim de ano, mas ainda assim com pontos capazes de mexer com expectativas.
O mercado acompanha dados fiscais, inflação e projeções, enquanto digere sinais da política local e do cenário internacional nos últimos pregões de 2025.
O dia começa com a divulgação do resultado primário do Governo Central de novembro, um termômetro importante para a trajetória fiscal.
Na sequência, às 8h, saiu o IGP-M e a Sondagem da Indústria, ambos da FGV. Pouco depois, às 8h25, o Banco Central do Brasil publicou o Relatório Focus, com as projeções atualizadas para inflação, juros, câmbio e crescimento.
Petróleo sobe com impasse nas negociações da Ucrânia
No exterior, o petróleo opera em alta. O movimento reflete a leitura de que as negociações lideradas pelos EUA para encerrar a guerra na Ucrânia seguem sem acordo, mantendo prêmios de risco no mercado de energia.
Brasil: Lula sanciona lei e amplia tributação
No noticiário doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que reduz isenções fiscais em 10% e amplia a tributação sobre bets, fintechs e Juros sobre Capital Próprio (JCP) a partir de 2026. A estimativa é de arrecadação de R$ 22,45 bilhões no próximo ano.
A tributação das bets sobe de 12% para 15%, de forma escalonada até 2028. Já a CSLL das fintechs avança de 9% para até 15% no mesmo período. Lula vetou um dispositivo que facilitaria a reciclagem de recursos do orçamento secreto, após questionamentos no Supremo.
Saúde de Bolsonaro segue no foco
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou novo episódio de soluços no sábado, segundo boletim médico do hospital DF Star. Apesar disso, o quadro é descrito como estável, com novo procedimento programado para esta segunda-feira. Bolsonaro enfrenta problemas de saúde recorrentes desde o atentado sofrido em 2018.
Exterior: cautela com a guerra e estímulos na China
Nos EUA, Donald Trump afirmou que as negociações para encerrar a guerra avançaram após reunião com Volodymyr Zelensky, mas evitou prazos. “Estamos chegando mais perto, talvez muito perto”, disse, ponderando que impasses ainda podem surgir.
Dessa forma, na Ásia, a China sinalizou ampliação dos gastos fiscais em 2026, reforçando o apoio ao crescimento em meio à crise imobiliária e às tensões comerciais. O movimento ajuda a sustentar expectativas para commodities.
IGP-M fecha 2025 em queda puxada pelo atacado
O IGP-M recuou 0,01% em dezembro e encerrou 2025 com deflação acumulada de 1,05%, segundo a FGV/Ibre. O resultado foi influenciado pela queda dos preços ao produtor. O IPA caiu 0,12% no mês e acumulou -3,35% no ano.
Além disso, no varejo, o IPC subiu 0,24% em dezembro, levando a inflação ao consumidor a 4,08% em 2025. Já o INCC avançou 0,21% no mês e acumulou 6,01% em 12 meses, com aceleração em mão de obra.