
A medida do presidente dos EUA, Donald Trump, da última quarta-feira (9) de sobretaxar as exportações brasileiras em 50% já está sofrendo impactos. De acordo com o jornal diário americano, New York Post, a commodity está em alta nos EUA depois do anúncio da nova tarifa ao maior produtor e exportador global, o Brasil.
O país mantém essa posição há mais de 150 anos. Somente em 2024, o Brasil foi responsável por cerca de 36,8% da produção do mundo. Os EUA são o principal comprador do café brasileiro e os maiores consumidores mundiais.
O anúncio da tarifa abalou imediatamente os mercados de café. Os contratos futuros do café arábica na Intercontinental Exchange subiram para US$ 288,67 por libra, um ganho diário de 0,99%. Já em Nova York subiram mais de 3,5% na manhã de quinta-feira (10) como resposta. Os grãos de arábica, usados em produtos de café de alta qualidade, são originários, sobretudo do Brasil.
Embora os preços tenham caído 17% no último mês, devido ao progresso da colheita e às expectativas de aumento da oferta, eles permanecem quase 18% mais altos do que há um ano.
Retaliação de Donald Trump
O presidente norte-americano acusou, em sua carta publicada nas redes sociais, de o governo brasileiro “atacar a liberdade de expressão” e orquestrar uma caça às bruxas” contra o ex-presidente e antigo aliado, Jair Bolsonaro (PL).
Trump ainda disse que a tarifa era uma resposta a uma “relação comercial entre os países são desequilibradas e injustas”, apesar dos EUA relatarem um superávit comercial de bens de US$ 7,4 bilhões com o Brasil em 2024, de acordo com o Escritório de Representante Comercial dos EUA.
“Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo do relacionamento com seu país”, diz o presidente americano no fim da sua carta nas redes sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o Brasil vai adotar a Lei da Reciprocidade Econômica à tarifa de Trump.