Acima das expectativas

Caged: Brasil abre 240.033 postos de trabalho formais em abril

O resultado ficou acima das expectativas do mercado, que esperava a criação de 216,9 mil empregos formais

Caged
Foto: Agência Brasil

O Brasil criou 240.033 postos de trabalho formais no mês de abril, segundo o Caged ( Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (29). O número ficou acima das expectativas do mercado, que esperava a abertura de 216,9 mil empregos.

O saldo de empregos formais em abril foi resultado de 2.260.439 admissões e de 2.020.406 desligamentos.

A quantidade total de vínculos celetistas ativos atingiu 46,475 milhões, informou o Ministério, o que representa uma variação de +0,52% em relação ao estoque do mês anterior.

No acumulado do ano, entre janeiro e abril, o saldo de empregos formais alcançou 958.425 vínculos, resultado de 8.904.070 admissões e 7.945.645 desligamentos.

Nos últimos 12 meses, foi registrado saldo de 1,701 milhão de empregos, decorrente de 24.179.955 admissões e de 22.478.005 desligamentos.

Em abril, os cinco grandes grupamentos de atividades acompanhados registraram saldos positivos: o setor de Serviços foi responsável pela criação de 138.309 postos de trabalho formais, enquanto a Indústria, 35.990 postos – principalmente na Indústria de Transformação (+31.675 vagas).

O setor de Construção abriu 31.893 vagas de emprego formais no mês de abril, o Comércio, 27.272 vagas, e a Agropecuária, 6.576 vagas formais.

Desemprego vai a 7,5% em abril, menor para o período desde 2014

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril de 2024, sem uma variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2024, quando estava em 7,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (29).

Essa taxa é inferior aos 8,5% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, essa é a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em abril desde 2014, quando o indicador estava em 7,2%.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a análise anual indica a continuidade da tendência de redução do desemprego, observada desde 2023.

A população desocupada, que inclui aqueles que não estavam trabalhando e procuravam emprego, totalizou 8,2 milhões de pessoas, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior. 

No entanto, esse número representa uma queda de 9,7% (ou 882 mil pessoas a menos) em comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023.

Segundo Beringuy, a estabilização do desemprego pode ser atribuída principalmente à recuperação do comércio no primeiro trimestre e ao aumento da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.