Copom

Campos Neto diz que BC pode ter que reavaliar ritmo de corte

Campos Neto pontuou que a mudança do guidance de duas para uma reunião foi decorrente da incerteza na conjuntura atual.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do BC (Banco Central do Brasil), Roberto Campos Neto, reiterou nesta segunda-feira (22) que alguns possíveis cenários podem ditar os próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária).

“Se a incerteza diminuir, voltamos para a forma de atuação que tínhamos começado. Outra forma é se o aumento da incerteza ficar mais tempo e criar ruídos crescentes – então teremos que trabalhar com o ‘pace’ [ritmo], teríamos que diminuir o ‘pace'”, declarou Campos Neto, de acordo com o “Suno”.

“Outro cenário seria o crescimento da volatilidade da incerteza subir mais ainda e começar a afetar o balanço de riscos. Em outro cenário, chega a um ponto em que mudam as variáveis de tal forma que faz com que a realidade que projetamos não seja mais verdadeira, muda o que chamamos de cenário base”, acrescentou a autoridade.

O presidente do BC ainda pontuou que a mudança do guidance (projeção) de duas para uma reunião foi decorrente do entendimento de que a conjuntura atual está mais incerta.

Ele também declarou que, ao falar sobre possíveis cenários, o objetivo é expor gradativamente o que pode ocorrer, a fim de deixar a política monetária mais transparente. “Não temos como dar um guidance porque temos muita incerteza”, concluiu.

‘Mercado ficou mais preocupado com o fiscal’, diz Campos Neto

O presidente do BC (Banco Central do Brasil)Roberto Campos Neto, declarou, nesta quarta-feira (17), que há ligação mecânica entre a política monetária e a fiscal, mas é evidente que nos últimos dias o “mercado ficou mais preocupado com o fiscal”.

Campos Neto palestrou em Washington (EUA), durante um evento promovido pela XP.

O presidente do BC acredita que a situação “pode mudar as expectativas do que o equilíbrio fiscal será no futuro e pode ter um efeito no prêmio de risco e também fazer o trabalho nos termos da política monetária mais difícil e custoso”. As informações são do “Valor”.