Economia

Campos Neto e Haddad defendem arcabouço e contenção de gastos

Campos Neto acredita que novas medidas fiscais podem minimizar reações observadas no mercado relacionadas à preocupação com as contas públicas

Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, demonstraram, nesta quinta-feira (24), terem visões favoráveis à adoção de medidas que reforcem uma trajetória sustentável das contas do governo.

Na avaliação de Campos Neto, o anúncio de medidas fiscais que deve ser feito pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois das eleições municipais pode minimizar reações observadas no mercado relacionadas à preocupação com as contas públicas.

Campos Neto e Haddad deram uma entrevista coletiva no intervalo das reuniões sobre finanças do G20, em Washington, EUA.  

“A gente entende que vamos ter alguns anúncios no curto prazo que vão endereçar em parte essa reação do mercado em relação ao tema fiscal”, disse o presidente do BC.

“O fiscal é importante para o BC simplesmente porque ele afeta variáveis econômicas que fazem parte do nosso ‘framework’… A gente às vezes fala do fiscal porque tem que explicar nossa função reação para o mercado de forma transparente”, completou, segundo o portal “Terra”.

Em paralelo a essas declarações, Haddad pontuou que se há necessidade de reforçar parâmetros para que o arcabouço fiscal se sustente, esse é o caminho que o governo trilhará. 

O ministro indicou acreditar no arcabouço e disse não ver necessidade de reformular a regra, mas mostrar que ela é crível a médio e longo prazo.

“É o fortalecimento de uma decisão que já foi tomada (ao aprovarmos o arcabouço”, disse. “Não se trata de reformular, se trata de reforçar”, comentou Haddad.

A promessa da equipe econômica do governo federal é de apresentar propostas de controle dos gastos públicos a partir de novembro.

Em outras declarações anteriores e recentes, Campos Neto afirmou que o Brasil precisará de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos.

Campos Neto diz que ajustes fiscais facilitam queda de juros

Novas medidas fiscais do governo são importantes para que o BC (Banco Central) possa baixar a taxa básica de juros, disse o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, durante evento da Investment Association, em São Paulo, como relatou a Reuters.

Segundo ele, é mais fácil baixar os juros quando as expectativas para as contas públicas ancoram esse movimento.

Campos Neto pontuou, também, que há questionamentos sobre a transparência das contas públicas e que uma percepção de choque fiscal pode gerar impacto positivo sobre as avaliações de mercado.

Os comentários foram feitos depois que ele afirmou ter lido no noticiário informações sobre a possibilidade de o governo discutir temas relacionados a uma reforma administrativa e apresentar medidas fiscais após as eleições municipais.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile