Durante evento promovido pela gestora Legacy Capital, em São Paulo, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou que não há como dar um “guidance” sobre o futuro da política monetária do Brasil, devido à série de incertezas.
Sobre as dúvidas quanto à desinflação nos EUA, o presidente do BC ressaltou, por exemplo, as expectativas de desinflação a partir de aluguéis, imigração ou desinflação da China, que “não estão acontecendo”.
Campos Neto falou novamente sobre os quatro cenários possíveis: O primeiro seria com uma diminuição da incerteza e o BC voltaria para forma da atuação “que a gente tinha começado”.
O outro cenário seria de aumento de incerteza continuar por mais tempo e criar ruídos recentes. Nesta caso, segundo o presidente do BC, o ritmo de corte nas taxas de juros teria que ser reajustado.
O terceiro cenário é de um crescimento maior ainda da volatilidade e incerteza que começa a afetar o balanço de risco. Por último, é quando se chega a um ponto em que as variáveis mudam “de tal forma que fazem com que a realidade que a gente projetou não seja mais verdadeiro”.
‘Mercado ficou mais preocupado com o fiscal’, diz Campos Neto
O presidente do BC (Banco Central do Brasil), Roberto Campos Neto, declarou, nesta quarta-feira (17), que há ligação mecânica entre a política monetária e a fiscal, mas é evidente que nos últimos dias o “mercado ficou mais preocupado com o fiscal”.
Campos Neto palestrou em Washington (EUA), durante um evento promovido pela XP.
O presidente do BC acredita que a situação “pode mudar as expectativas do que o equilíbrio fiscal será no futuro e pode ter um efeito no prêmio de risco e também fazer o trabalho nos termos da política monetária mais difícil e custoso”. As informações são do “Valor”.