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Campos Neto: há certa dúvida no ar sobre reunião de dezembro do Fed

"Estamos enfrentando uma fase bastante desafiadora. Os países gastaram muito durante a pandemia", disse Campos Neto

Presidente do Banco Central,  Roberto Campos Neto (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (19) que há “certa dúvida no ar” sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na reunião de dezembro e sobre o espaço disponível para cortes nos juros nos Estados Unidos.

Durante evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Campos Neto também mencionou o potencial inflacionário de medidas anunciadas por Donald Trump durante sua campanha presidencial e ressaltou a necessidade de acompanhar a política monetária que será implementada no próximo governo dos EUA, previsto para iniciar em 2025.

O presidente do BC iniciou sua fala abordando os desafios econômicos globais. “Estamos enfrentando uma fase bastante desafiadora. Os países gastaram muito durante a pandemia, e agora os juros estão mais altos”, comentou. As informações foram divulgadas pelo Valor.

Entre os desafios futuros, ele destacou a necessidade de financiamento da transição energética e os problemas no comércio internacional. “Na América Latina, temos a inflação de alimentos e energia voltando a subir um pouco”, concluiu Campos Neto.

Campos Neto defende choque fiscal e diz que governo está se esforçando

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), defendeu novamente a relevância de um choque fiscal positivo no Brasil para reduzir os prêmios de risco dos ativos no mercado financeiro. 

Campos Neto Durante relacionou a trajetória de queda da taxa básica de juros com choques fiscais, primeiro com o teto de gastos e, posteriormente, com a substituição pelo arcabouço fiscal.

Além disso, o presidente do BC afirmou que o País está seguindo na direção contrária dos outros países, que esperam queda na taxa de juros. “O Brasil está na contramão, infelizmente”, alertou Campos Neto, segundo a “CNN Brasil”.

Na análise do executivo, o governo brasileiro, sobretudo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está se esforçando para firmar a sustentabilidade da política fiscal do Brasil. A equipe econômica do governo está elaborando um pacote de corte de gastos.

“A grande expectativa hoje é de como vai ser o ajuste [fiscal], que deve ser anunciado em breve. A gente reconhece que o governo tem feito um esforço enorme. O ministro Haddad tem feito um esforço enorme. A gente precisa ter um anúncio que gere um impacto positivo”, disse.

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