Economia

Campos Neto promete “juros o mais baixo possível” em 2024

Campos Neto, demonstrou otimismo com o cenário macroeconômico brasilero em 2024

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, demonstrou otimismo com o cenário macroeconômico brasilero em 2024. Em entrevista para Miriam Leitão, de “O Globo”, o chefe da autoridade monetária projetou que no ano que vem, os juros serão o mais baixo possível.

“Vai ser meu último ano como presidente do Banco Central. Então a gente tem uma perspectiva positiva, tem muita coisa que eu gostaria de consolidar aqui, é importante entregar a inflação na meta, e juros o mais baixo possível”, disse.

Na ocasião, Campos Neto, ele fez questão de dizer que “as análises econômicas têm errado muito”. “É difícil falar em 2024 sem pelo menos colocar em perspectiva que as análises econômicas tem errado muito ultimamente. Têm errado o crescimento, têm errado um pouco a inflação, têm errado muito emprego, têm errado os números de crédito”, avaliou.

Sobre a tensão e as críticas feitas a ele, respondeu: “eu, Roberto, aprendo mais nos momentos de pressão”. Diz que tem se aproximado cada vez mais do ministro Fernando Haddad, e admitiu “é muito difícil cortar gastos neste país”.

Por fim, Roberto Campos Neto acha que a nota de crédito do Brasil poderia ser melhor do que é, mesmo com a recente melhora da classificação feita pela Standard&Poor’s.

Campos Neto reforça cortes de 0,50 ponto percentual na Selic

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou na semana passada que a sinalização sobre novos cortes de 0,50 ponto percentual na taxa de juros nas “próximas reuniões”, dada na ata recente do Copom (Comitê de Política Monetária), refere-se aos próximos dois encontros da autarquia, em janeiro e março.

“Neste momento entendemos que a linguagem do Copom não é amarrada. Entendemos que ‘próximas duas reuniões’ é compatível com as incertezas”, afirmou Campos Neto, ao ser questionado se a comunicação do BC não estaria engessada por indicar cortes de apenas 0,50 ponto percentual da Selic.

Além disso, o economista disse que uma eventual piora da área fiscal do governo não pressupõe uma reação mecânica da política monetária. Segundo Campos Neto, se o fiscal “for um pouquinho pior”, mas o governo seguir realizando reformas econômicas, importantes, esta piora não seria “tão relevante”.