O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fala em coletiva de imprensa para falar sobre o RTI (Relatório Trimestral de Inflação), na manhã desta quinta-feira (29). Com o trabalho criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos Neto defendeu que a manutenção da Selic, em 13,75%, “tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”.
Campos Neto afirmou que é importante concluir o trabalho. “porque você garante que o processo de desinflação é contínuo”. Para ele, o país apresentou uma melhora e apesar de lento o processo de desinflação está em curso.
Já sobre as metas, o presidente do Banco Central acredita que “meta da inflação contínua é mais eficiente”, contudo “Se aumenta a meta da inflação, não ganha flexibilidade. As expectativas vão para essa nova meta maior”, disse Campos Neto.
Notícias Relacionadas
Contas públicas
Lula defende pente-fino no Bolsa Família e outros benefícios
“Eu sei que é sempre desagradável alguém ser cortado, mas se a pessoa já atingiu uma renda que não precisa mais do Bolsa Família", disse Lula
‘Vou cumprir’
Lula volta a defender isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
Segundo o presidente Lula, trata-se de uma promessa de campanha que será cumprida até o final de seu atual mandato, em dezembro de 2026
O banqueiro ressaltou que que o BC precisa ter flexibilidade e alerta “mas não deve estar refém de uma convergência que fosse ano-fiscal”.
Lula volta a criticar juros alto, “não há explicação”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o atual nível da taxa Selic, que está em 13,75%, afirmando que não vê justificativa para esse patamar. Ele sugeriu que o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, não possui uma compreensão adequada sobre as necessidades do país e do povo. As informações são da Reuters.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula ainda afirmou que o BC elevou a Selic de forma “exagerada” pois focar apenas em atingir sua meta de inflação e que não se importa com a geração de empregos no país.
Lula ataca Campos Neto, presidente do Banco Central
Durante o anúncio, o presidente disse ter ficado indignado no dia anterior enquanto discutiu detalhes do Plano Safra e mostrou irritação por não poder baixar mais as taxas.
“Ontem (26), eu fiquei indignado. Estava discutindo o Plano Safra, que será R$ 364 bilhões. Há uma média, eu não sei o total, de 10% de juros ao ano. É caro, é muito caro. Esse juros poderia ser mais barato. Mas tem um cidadão no Banco Central, a gente não sabe quem pôs ele lá, que deixa os juros em 13,75%. Então, fiquei pensando que vamos emprestar R$ 364 bilhões para os agricultores do agronegócio a 10% de juros”, criticou Lula, sem citar nome de Campos Neto, durante entrevista com Marcos Uchôa em live semanal.
