Economia

Campos Neto: “inflação nos EUA parece estrutural”

Se a alta dos yields dos títulos americanos tem causa estrutural, complementou o presidente do BC, fica a pergunta sobre em quanto tempo os juros seguirão mais altos

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, avaliou nesta segunda-feira (23), durante evento realizado na sede do Estadão, que olha com atenção a inflação nos EUA e a disparada dos rendimentos do tesouro público.

Se a alta dos yields dos títulos americanos tem causa estrutural, complementou o presidente do BC, fica a pergunta sobre em quanto tempo os juros seguirão mais altos.

Ao abrir evento nesta segunda, Campos Neto pontuou que as taxas mais altas nos Estados Unidos levantaram quase todas as curvas de juros. “Está ficando mais claro uma interpretação menos benigna e mais estrutural.

Em sendo estrutural, existe a pergunta de em quanto tempo os juros seguirão mais altos”, comentou Campos Neto.

Ainda segundo Campos Neto, o risco-país nos Estados Unidos foi o pior do ano.

“Os juros mais altos nos EUA levantaram quase todas as curvas de juros no mundo”, afirmou.

China é outra fonte de cuidado

Segundo Campos Neto, a China, o maior parceiro comercial do Brasil, também é olhado com cuidado no cenário global.

O presidente do BC lembra que o próprio governo chinês já informou que irá mudar o modelo de negócio de crescimento, mais baseado em inovação e consumo local.

Conforme enfatizado por Campos Neto, a China, que representa o principal parceiro comercial do Brasil, é objeto de atenção especial no contexto internacional. O presidente do Banco Central ressalta que o governo chinês já anunciou sua intenção de modificar o modelo de crescimento econômico, priorizando a inovação e o consumo doméstico.

Campos Neto sobre PIX

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (20) que o Pix já é mais popular que todos os outros meios de pagamentos no Brasil.

“Vemos que agora que o Pix é mais popular do que todos os outros meios de pagamentos no Brasil”, disse Campos Neto, durante em evento do Council of the Americas.

Na semana passada, a ferramenta atingiu cerca de 170 milhões de transações em apenas um dia.

Além disso, o presidente do BC revelou que o Brasil está desenvolvendo o maior sistema de Open Finance que existe. Será uma plataforma que permite o compartilhamento de informações de clientes entre as instituições financeiras.

Segundo Campos Neto, o objetivo é que os usuários possam comparar as taxas cobradas por diferentes instituições financeiras em tempo real.