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Carros com desconto: montadoras já consumiram 80% dos recursos

Carros com desconto: montadoras já consumiram 80% dos recursos

Programa que barateia veículos foi prorrogado pelo governo / Ag. Brasil

O volume de crédito tributário autorizado para uso no programa do carro mais barato, já chegou aos R$ 400 milhões, informou nesta quarta-feira (21), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O montante equivale a 80% do total de recursos destinados a esta modalidade do programa lançado há duas semanas, que é de R$ 500 milhões.

Os créditos solicitados pelas montadoras são convertidos em descontos para o consumidor na compra de compra de carros com valor de mercado até R$ 120 mil. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, mas muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria.

Portaria publicada nesta terça (20) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) prorrogou por mais 15 dias a exclusividade das vendas de carros para pessoa física. A prorrogação é válida até o dia 5 de julho. Para ônibus e caminhões, a exclusividade terminou na terça.

Locadoras criticam decisão do governo

As locadoras de automóveis criticaram a decisão do governo de prorrogar os descontos para carros somente a pessoas físicas. Para os empreendimentos o modelo atual é “discriminatório”.

A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) divulgou nota nesta quarta-feira (21), após a medida ser publicada no Diário Oficial da União de terça.

A Abla afirma que a prorrogação “impede exatamente o principal cliente das montadoras” de participar do programa. A associação defende que as montadoras são responsáveis por 30% das compras de automóveis e comerciais leves no Brasil, contribuindo “diretamente para a estabilidade da indústria automotiva”.

“A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) recebeu, com surpresa, a prorrogação do prazo da venda de automóveis exclusivamente para pessoas físicas, por meio da MP do Setor Automotivo, por mais 15 dias”, disse a associação.

A decisão do governo vem após o recurso disponível para o programa ser utilizado rapidamente já nos primeiros dias de compra pelas pessoas físicas.

A Fazenda e o MDIC temem que o recurso se esgote de forma muito rápida, o que seria intensificado com a entrada das locadoras.

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