Carros elétricos: Mercadante defende desoneração no Brasil

Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira (12), a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia no País

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira (12), a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia no País. Durante participação em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país. As informações são do Broadcast/Estadão.

Na sua explanação, Mercadante disse que na Europa, enquanto a Alemanha já vinha praticando juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis, a União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica. “É com isso que vamos competir”, afirmou o presidente do BNDES.

Em meio à transição energética, o Brasil, continuou Mercadante, concede imposto zero para importar carros elétricos. “Não podemos ficar importando produtos acabados”, frisou o ex-ministro.

Ao falar de iniciativas para a indústria automotiva, ele acrescentou que o banco está trabalhando num modelo de parcerias público-privadas, as PPPs, com prefeituras para aumentar encomendas de ônibus.

Mercadante observou que os países com bancos públicos e agências de fomento mais estruturadas foram os que mais cresceram na última década. Nos Estados Unidos, sustentou, “acabou a conversa de Estado mínimo. “O Estado vai voltar a ter participação ativa do pós-guerra, período de maior crescimento dos Estados Unidos.”

Model Y, da Tesla (TSLA34), é o carro mais vendido do mundo

O Tesla Model Y, da indústria de Elon Musk, também dono do Twitter (TWTR34), vendeu 267,2 mil unidades no primeiro trimestre de 2023, de acordo com dados da consultoria Jato Dynamics. Com isso, superou os 256,4 mil veículos modelo Corolla comercializados pela Toyota. Esta é a primeira vez que o carro mais vendido no mundo é elétrico.

A façanha da Tesla (TSLA34) é maior quando se leva em conta a diferença do preço cheio entre os dois veículos. Nos Estados Unidos, o modelo da companhia de Musk custa US$ 52 mil (R$ 260 mil), enquanto o Corolla sai por US$ 23 mi (R$ 115 mil). As informações do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

A empresa japonesa, contudo, continua a ser a fabricante número um do planeta em termos de volume. Isso por causa da variedade de veículos que produz. Tanto é assim que a terceira posição do ranking foi ocupada no primeiro trimestre pela picape Toyota Hilux, com 214,7 mil unidades vendidas mundialmente.

O bom desempenho de vendas do Model Y já era esperado desde o ano passado, depois que a Tesla expandiu sua capacidade de produção, com a inauguração de uma nova fábrica nos Estados Unidos e outra na Alemanha. Juntas, elas têm capacidade de produzir cerca de 10 mil carros por semana. A Tesla também deu descontos de até 24% nas versões mais baratas do Model Y, o que fez o elétrico custar menos que a média dos automóveis vendidos nos Estados Unidos.