Um estudo realizado pela Recovery — companhia do grupo Itaú (ITUB4) que atua na compra e gestão de créditos inadimplentes — apontou que, no caso de pessoas físicas, metade das pendências está vinculada ao uso de cartão de crédito.
O levantamento considerou dados da base da empresa, que reúne mais de 33 milhões de clientes com dívidas. O saldo médio devedor nessa categoria é de R$ 4.309,00.
“Hoje em dia, há mais facilidade de acesso ao crédito graças ao grande volume de bancos e fintechs no mercado — o que movimenta a economia, mas também pode levar muitos brasileiros ao descontrole financeiro. Isso é especialmente importante no caso do cartão de crédito, que tem juros altos”, afirmou, em nota, Camila Poltronieri Flaques, diretora de cobrança digital da Recovery. As informações foram obtidas pelo “Valor”.
Em relação ao cartão de crédito, a distribuição regional aponta que 46% das pessoas endividadas nessa categoria estão no Sudeste; 30%, no Nordeste; 11%, no Sul; 6%, no Norte; e 7%, no Centro-Oeste.
A segunda principal categoria de dívidas envolve produtos bancários, como empréstimos, créditos consignados e crédito pessoal, respondendo por 29% das pendências de pessoas físicas. O restante inclui dívidas referentes ao varejo, educação e telecomunicações.
Redução do IOF para compras no exterior com cartão de crédito entra em vigor
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado em transações realizadas com cartão de crédito no exterior foi reduzido para 3,38%, conforme anunciado pelo governo federal. A medida, parte de um plano de diminuição gradual iniciado em 2023, busca alinhar o Brasil a padrões internacionais e incentivar o consumo e o turismo.
Anteriormente fixado em 6,38%, o imposto aplicado sobre compras internacionais com cartão de crédito era considerado elevado, dificultando as transações de consumidores brasileiros no exterior. O novo patamar de 3,38% representa uma redução significativa e reforça o compromisso do governo com o estímulo à economia globalizada e à competitividade dos serviços financeiros brasileiros.
A medida faz parte de um cronograma de reduções gradativas, que prevê zerar o imposto até 2028. Essa estratégia busca equilibrar o impacto fiscal com o benefício ao consumidor, incentivando o turismo e a aquisição de bens e serviços fora do país, sem comprometer a arrecadação do governo em curto prazo, as informações foram apuradas pelo valor investing.