“Armistício”

Cartões: setor discute formas de financiamento para reduzir rotativo

Em junho, o setor de cartões fechou um “armistício” após embates sobre o parcelado sem juros em 2023, que chegaram até à justiça

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Cartões de crédito | Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

As principais associações representativas do setor de cartões estão debatendo novas formas de financiamento para evitar que os usuários entrem no rotativo ou possibilitar que eles migrem mais rapidamente para alternativas mais acessíveis de parcelamento das dívidas no cartão de crédito.

Essa é uma das pautas do fórum de discussão que foi criado por cinco associações que representam bancos, fintechs e credenciadoras, em junho. As associações são a Associação Brasileira de Internet (Abranet), a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Zetta.

Em junho, o setor de cartões fechou um “armistício” após embates sobre o parcelado sem juros em 2023, que chegaram até à justiça. Segundo o jornal “Valor”, as associações celebraram um memorando de intenções para buscar encerrar contenciosos e criar o fórum.

O grupo será uma instância para discutir temas referentes ao setor, mas não incluirá o parcelamento sem juros.

“Os níveis de inadimplência e o patamar de juros são pontos que ainda temos a discutir. Queremos menos consumidores no rotativo”, declarou o presidente da Febraban, Isaac Sidney, nesta quinta-feira (12), durante o encontro do fórum com jornalistas.

BC: rotativo do cartão de crédito cai para 422,5% ao ano

BC (Banco Central) divulgou nesta quarta-feira (26), que a taxa média de juros cobrada pelos bancos no rotativo do cartão de crédito diminuiu 0,9 ponto porcentual de abril para maio, passando de 423,4% para 422,5% ao ano.

Em contrapartida, a taxa de juros do crédito parcelado subiu de 182% para 184,8% ao ano no mesmo período. Quando se considera a taxa total do cartão de crédito, que inclui tanto o rotativo quanto o parcelado, houve uma queda de 85,6% para 84,8%.

O Congresso determinou, através de uma lei, que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam exceder 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo aprovado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

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