EUA

Cenário externo mudou e deve ser considerado, diz Haddad

“O quadro externo mudou, não sei por quanto tempo, porque não era o previsto no ano passado, mas mudou radicalmente", disse Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad / Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad / Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (17) que as recentes mudanças no cenário externo devem ser levadas em conta ao avaliar a perspectiva econômica.

“O quadro externo mudou, não sei por quanto tempo, porque não era o previsto no ano passado, mas mudou radicalmente. As coisas não estão bem, o juro nos EUA no patamar que está, ninguém pode ficar despreocupado”, disse Haddad em entrevista à CNN.

Atualmente, a taxa de juros nos Estados Unidos está no intervalo de 4,25% a 4,5%.

Questionado sobre a alta da Selic no Brasil, atualmente em 12,5% ao ano, Haddad demonstrou confiança na política monetária conduzida pelo BC (Banco Central) e em seus efeitos na inflação.

“Acredito que a política monetária vai fazer efeito sobre a inflação. Tem gente no mercado que diz que não, mas acredito que fará”, declarou.

O avanço da taxa básica de juros é uma das ferramentas utilizadas para desacelerar a atividade econômica e estabilizar a inflação.

Após CPI, expectativa é de aumento da taxa de juros pelo FED

CPI (Indice de preços ao consumidor dos EUA) repercutiu nessa quarta-feira (15) elevando as projeções do dólar e acima do esperado dos analistas. Com o avanço de 2,9% da base anual, ante 2,8% de estimativa os índices que mais pressionaram foram energia e alimentos.

A preocupação agora é com a taxa de juros que o FED pode emitir com os resultados dos últimos dados da economia americana. A expectativa do mercado é que ocorra um aumento da taxa, para controlar a inflação que causa descontamento da população norte-americana

Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad, explica a repercussão com complementação dos dados:  Olhando para o core-CPI, porém, que exclui itens mais voláteis, a leitura foi mais benigna que o esperado, com a inflação desacelerando para 3,2%, ante expectativa de manutenção do ritmo de 3,3% que foi visto em novembro.