SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As centrais sindicais estão orientando seus filiados a telefonar para os gabinetes de senadores e fazer pressão para barrar a minirreforma trabalhista que foi embutida na medida provisória 1.045, já aprovada na Câmara dos Deputados e que agora passará pela análise do Senado.
Eles estão distribuindo os números de telefone dos gabinetes e pedindo que presidentes de sindicatos, federações e confederações se articulem para realizar as ligações para os parlamentares.
A medida provisória cria o novo programa de redução de salário e jornada. Seu relator na Câmara, deputado Christino Áureo (PP-RJ), incluiu no texto uma minirreforma trabalhista que havia sido proposta pelo ministro Paulo Guedes em 2019 e perdeu validade no Congresso.
O texto cria novas modalidades de contratações e muda normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), modificações que, na visão das lideranças das centrais sindicais, levarão à precarização das condições de trabalho. Seus representantes falam em volta da escravidão ao comentar a possibilidade de aprovação da MP.
Essa minirreforma prevê a criação de três programas trabalhistas, dois deles sem previsão de 13º pagamento ou FGTS.