Tesouro Nacional

Ceron: ‘Colaborar e harmonizar’ ajudará a reduzir aperto na Selic

"Estamos tentando colaborar para que esse processo seja o mais eficiente possível", disse o secretário

Foto: Rogério Ceron / José Cruz / Agência Brasil
Foto: Rogério Ceron / José Cruz / Agência Brasil

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou nesta quinta-feira (30) que a Fazenda espera, neste momento, “colaborar e harmonizar” para auxiliar o trabalho do BC (Banco Central), quando questionado sobre o nível da Selic (taxa básica de juros).

“Estamos tentando colaborar para que esse processo seja o mais eficiente possível”, disse o secretário, fazendo referência ao aperto da política monetária, confirmado ontem pelo Copom. As informações foram obtidas pelo “Valor”.

“Quanto antes conseguirmos dar sinalizações corretas, menor será o ciclo [política monetária restritiva] e menor o custo para a sociedade”, comentou Rogério Ceron.

O secretário descartou, mais uma vez, a possibilidade de a economia brasileira estar em dominância fiscal — situação em que o desequilíbrio fiscal se sobrepõe de tal forma que elementos de política monetária usados pelo Banco Central, como a alta dos juros, perdem efeito para controlar a inflação.

Governo fechou 2024 próximo ao centro da meta fiscal, diz Ceron

As contas do governo central em 2024 ficaram dentro da banda de tolerância da meta fiscal, afirmou o secretário do Tesouro NacionalRogério Ceron, nesta quarta-feira (15). A meta do ano passado era de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto), o que corresponde a cerca de 29 bilhões de reais.

No final de janeiro o Tesouro apresentará oficialmente os dados fiscais do acumulado do ano de 2024.

O dado do ano teve ajuda do chamado empoçamento — verbas que foram disponibilizadas, mas acabaram não desembolsadas por ministérios, de acordo com Ceron. Essa sobra ficou próxima a R$ 20 bilhões no ano, patamar que já era esperado, segundo ele.

O governo federal buscará mirar o centro da meta de déficit zero para 2025, disse secretário, não o limite de tolerância da regra, de 0,25 ponto do PIB.

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