Cesta básica sobe em todas as capitais no mês de março, diz Dieese

Maiores altas registradas foram em São Paulo, Rio de Janeiro, e Curitiba; Salvador tem alta de 1,46%

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou na quarta-feira (6) que o valor da cesta básica subiu em todas as capitais do Brasil no mês de março.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que é feita mensalmente no País, a maior alta da cesta básica aconteceu no Rio de Janeiro, em que o preço médio da cesta foi para 7,65%, seguido das capitais Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%), enquanto Salvador registrou o menor aumento, de 1,46%. 

São Paulo ainda tem a cesta mais cara

Mesmo não tendo registrado o maior aumento no último reajuste, São Paulo segue tendo a cesta mais cara do País. Segundo a divulgação do Dieese, o preço médio em São Paulo é de R$ 761,19, superando o custo de R$ 715,65 vinculado no mês de fevereiro. 

O preço médio na cidade do Rio de Janeiro foi de R$ 750,71, e em contrapartida, Aracaju registrou o menor valor médio da cesta, em torno de R$ 524,99. 

Produtos que compõem a cesta básica

Os produtos usados para composição da cesta básica são os mesmos em todas as capitais do Brasil, variando de acordo com o preço de venda em cada região do País. São eles: arroz, feijão, carne, leite, batata, legumes (tomate), frutas (banana), farinha, pão francês, café em pó, açúcar, manteiga, e óleo/banha. 

No documento, a Dieese também justificou o aumento do preço de alguns dos produtos usados, como o óleo, que foi de 2,81% em Belém, e 15,89% em Salvador, e o pão francês, que sofreu alteração de 6,63% em Aracaju, e 6,36% em Goiânia. 

Segundo a instituição, “o preço do quilo do pão francês aumentou em todas as cidades, em consequência da redução da oferta de trigo no mercado externo, uma vez que Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais do grão”, e foi alegado também que o valor do óleo de soja é pressionado por conta do aumento do petróleo, visto que a produção de biocombustíveis torna-se mais vantajosa. 

O Dieese também calculou o salário mínimo que seria necessário para que uma família com quatro pessoas suprisse o consumo básico do mês. Baseado no valor da cesta básica mais alta do País, a de São Paulo, o valor necessário seria de em média R$ 6.394,76, o que corresponde a mais de cinco vezes do salário mínimo atual, de R$ 1212,00.