China se movimenta

China adia investimentos da Geely e BYD na América Latina

Entenda os impactos que as tarifas dos Estados Unidos têm sobre os investimentos da China, Geely e BYD na América Latina.

Presidente da China, Xi Jinping (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Presidente da China, Xi Jinping (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A China está adiando a aprovação dos investimentos da Geely e da BYD na América Latina. 

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o motivo está relacionado às tarifas dos Estados Unidos e aos riscos de transferência de tecnologia.

Representantes do governo chinês alertaram as empresas sobre os riscos econômicos envolvidos. 

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma ampliou o cronograma de análise e passou a exigir mais documentação para os projetos no Brasil e no México.

Geely avança no Brasil apesar dos atrasos

Em fevereiro, a Geely firmou acordo com a Renault para utilizar suas fábricas no Brasil. 

A empresa também adquiriu uma participação minoritária nos negócios da montadora francesa no país.

Nesta semana, a Geely lançou o SUV elétrico EX5 no mercado brasileiro. 

As vendas começam em julho, com distribuição em 18 cidades e 23 concessionárias. 

A produção local ainda não tem data confirmada.

China na América Latina: plano da BYD no México ainda sem aval

A BYD anunciou em 2023 a intenção de construir uma fábrica no México. 

A decisão sobre a localização era esperada para o fim de 2024, mas a aprovação do governo chinês não avançou.

Fontes indicam que as autoridades estão preocupadas com a possibilidade de vazamento de tecnologia para os EUA. 

Apesar disso, os investimentos externos não foram suspensos, apenas submetidos a maior escrutínio.

Expansão global das montadoras chinesas continua sob vigilância

Com a imposição de tarifas em mercados como a Europa, montadoras chinesas buscam alternativas para crescer no exterior. 

Geely e BYD estão entre as líderes desse movimento.

Enquanto a BYD constrói fábricas na Hungria, Tailândia e Brasil, a Geely aposta em parcerias, como a que mantém com a Renault na Coreia do Sul.

Trump afirma que adoraria fazer acordo com a China

O presidente dos EUADonald Trump, afirmou nesta quinta-feira (10) que adoraria firmar um acordo com a China para encerrar a escalada da guerra comercial entre os dois países.

Trump fez os comentários durante uma reunião de seu gabinete, aberta à imprensa.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também participou da reunião e declarou que, ao se fechar um acordo com os países, haverá mais certeza sobre a política comercial, conforme antecipou o Investing.