A China está adiando a aprovação dos investimentos da Geely e da BYD na América Latina.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o motivo está relacionado às tarifas dos Estados Unidos e aos riscos de transferência de tecnologia.
Representantes do governo chinês alertaram as empresas sobre os riscos econômicos envolvidos.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma ampliou o cronograma de análise e passou a exigir mais documentação para os projetos no Brasil e no México.
Geely avança no Brasil apesar dos atrasos
Em fevereiro, a Geely firmou acordo com a Renault para utilizar suas fábricas no Brasil.
A empresa também adquiriu uma participação minoritária nos negócios da montadora francesa no país.
Nesta semana, a Geely lançou o SUV elétrico EX5 no mercado brasileiro.
As vendas começam em julho, com distribuição em 18 cidades e 23 concessionárias.
A produção local ainda não tem data confirmada.
China na América Latina: plano da BYD no México ainda sem aval
A BYD anunciou em 2023 a intenção de construir uma fábrica no México.
A decisão sobre a localização era esperada para o fim de 2024, mas a aprovação do governo chinês não avançou.
Fontes indicam que as autoridades estão preocupadas com a possibilidade de vazamento de tecnologia para os EUA.
Apesar disso, os investimentos externos não foram suspensos, apenas submetidos a maior escrutínio.
Expansão global das montadoras chinesas continua sob vigilância
Com a imposição de tarifas em mercados como a Europa, montadoras chinesas buscam alternativas para crescer no exterior.
Geely e BYD estão entre as líderes desse movimento.
Enquanto a BYD constrói fábricas na Hungria, Tailândia e Brasil, a Geely aposta em parcerias, como a que mantém com a Renault na Coreia do Sul.
Trump afirma que adoraria fazer acordo com a China
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (10) que adoraria firmar um acordo com a China para encerrar a escalada da guerra comercial entre os dois países.
Trump fez os comentários durante uma reunião de seu gabinete, aberta à imprensa.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também participou da reunião e declarou que, ao se fechar um acordo com os países, haverá mais certeza sobre a política comercial, conforme antecipou o Investing.