Economia

China anunciará novos estímulos econômicos no sábado (12)

O pacote anunciado pelo governo chinês jogou um “balde de água fria” no mercado ao vir menor do que o esperado

China
Foto: Pixabay

O Ministério das Finanças da China detalhará o pacote de estímulos econômicos em uma coletiva de imprensa no sábado (12), sinalizando medidas mais agressivas para reavivar o crescimento.

O pacote anunciado pelo governo chinês jogou um “balde de água fria” no mercado ao vir menor do que o esperado.

Zheng Shanjie, presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, sigla em inglês), o principal órgão de planejamento econômico da China, disse em entrevista coletiva que o governo adiantará 100 bilhões de yuan (US$ 14,1 bilhões) do orçamento de investimento do ano que vem e outros 100 bilhões de yuan em projetos de construção.

No sábado, o ministro das Finanças, Lan Fo’an, participará da coletiva de imprensa, cujo tema é “intensificação do ajuste anticíclico da política fiscal para promover o desenvolvimento econômico de alta qualidade.”

Crise econômica da China é multifacetada, diz especialista

Nas últimas semanas a China revelou um novo conjunto de medidas de estímulo econômico, com o objetivo de impulsionar o crescimento do PIB, que despencou para menos de 5% desde a pandemia. 

As autoridades estão preocupadas em assegurar que a economia cresça pelo menos 5% até o final de 2024, já que a saúde da segunda maior economia do mundo tem um impacto significativo no panorama global, incluindo o Brasil. Essa iniciativa é vista como crucial, especialmente em um momento em que a economia global enfrenta desafios diversos.

Para o economista e professor da Universidade Tiradentes,Rodrigo Rocha, a crise na China é multifacetada, com a desaceleração econômica sendo impulsionada por uma série de fatores interligados. 

Entre eles, destaca-se a crise do setor imobiliário, que tem raízes em anos de construção acelerada, resultando em uma superoferta de imóveis e dificuldades financeiras para construtoras. 

“Essa situação levou a um aumento no desemprego, especialmente entre os jovens”, explica Rocha.

Já Vivian Fraga, sócia do Asia Desk da TozziniFreire Advogados, menciona que a China demorou a abrir sua economia após as restrições impostas pela pandemia, o que contribuiu para a retração do consumo familiar e a queda nos preços das exportações. 

O alto nível de endividamento das famílias e a crescente taxa de desemprego juvenil também são fatores estruturais que complicam a recuperação econômica, criando um ambiente de incerteza e dificuldade.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile