Mercado imobiliário

China: armazéns vazios expõem crise após aposta de US$ 100 bi

Imóveis e centros foram construidos, mas a baixa atividade econômica tem forçado proprietáris a reduzir os aluguéis

Foto: Unsplash / China
Foto: Unsplash / China

Armazéns e parques industriais na China, que antes atraiam investimentos internacionais, enfrentam uma desaceleração surpreendente na atividade comercial. Na expectativa do boom no comércio eletrônico, centros de distribuição e logística foram construídos e hoje perdem inquilinos, de acordo com a “Bloomberg”.

Foram investidos cerca de US$ 100 bilhões por instituições globais, coletivamente, em armazéns, edifícios industriais, torres de escritórios e outros imóveis comerciais no país na última década, é o que mostram dados da MSCI Real Capital Analytics, segundo o veículo de notícias.

Nesse cenário, os proprietários desses locais se vêem forçados a reduzir os aluguéis e encurtar os prazos de locação. Enquanto isso, os fundos imobiliários com propriedades comerciais na China despencaram e espera-se que a renda de aluguel dos gestores também caia.

Nas regiões leste e norte da China, as taxas de vacância já chegam perto dos 20%, a mais alta em anos, segundo consultorias imobiliárias. Além disso, há um número importante de armazéns em construção, o piora o problema. 

Para os proprietários de imóveis, a deterioração tem decepcionado, pois eles contavam com uma recuperação econômica na China em 2024. 

Alguns desses investidores avaliam a venda de seus ativos com pior desempenho antes que os aluguéis tenham um tombo ainda maior. Ao passo que outras instituições escolheram esperar o intervalo de fraca atividade, com expectativa de lucro no longo prazo. 

EUA quer criar nova lei para barrar avanço da tecnologia na China

Para dificultar a modernização militar na China, o governo do presidente dos EUAJoe Biden, definiu um plano para criação de nova lei de restrição aos investimentos do país na tecnologia de ponta chinesa.

Conforme divulgado pelo Departamento do Tesouro na sexta-feira (21), haverá uma proposta de regra para implementação de uma ordem executiva assinada por Biden em 2023. 

A regulamentação tentará restringir o fluxo de tecnologia, capital e expertise dos EUA para grupos na China. Ela ainda poderá ser alterada com 6 semanas de escrutínio público, de acordo com a “Folha de S. Paulo”.