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China: crescimento deve desacelerar no 2TRI, dizem economistas

Economistas locais preevem crescimento de 5,1% do PIB chinês no segundo trimestre em relação ao ano anterior

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Foto: Unsplash

A onda de crescimento econômico na China, observada no primeiro semestre deste ano, deve desacelerar no segundo trimestre, projetaram economistas locais em pesquisa da Nikkei.

Os economistas preevem crescimento de 5,1% do PIB chinês no segundo trimestre em relação ao ano anterior. Eles também esperavam que a taxa de crescimento de um trimestre para o outro no período de abril a junho desacelere para 0,8%, na comparação com o crescimento de 1,6% registrados de janeiro a março.

Matthew Roger, economista da Legal & General Investment Management, descreveu a trajetória econômica da China como “estável a descendente”, citando a “ausência de mais reformas e esforços de estímulo”.

“O setor imobiliário [está] em uma apatia prolongada, e o governo central não está interessado em aplicar os recursos substanciais que seriam necessários para reverter isso”, disse Roger.

O mercado brasileiro segue de olho na crise do mercado imobiliário chinês – um dos fatores responsáveis pelo movimento de baixa das mineradoras, sobretudo a Vale (VALE3), no primeiro semestre.

Isso porque a China é a principal consumidora do minério de ferro. Com a crise no setor de construção, a demanda pela matéria-prima do aço caiu, levando à flutuação nos preços da commodity.

Os resultados da pesquisa chegam a menos de duas semanas antes de o Comitê Central do Partido Comunista Chinês se reunir para a terceira plenária, que começa em 15 de julho, o mesmo dia em que será divulgado o resultado oficial do PIB do segundo trimestre.

China: armazéns vazios expõem crise após aposta de US$ 100 bi

Armazéns e parques industriais na China, que antes atraiam investimentos internacionais, enfrentam uma desaceleração surpreendente na atividade comercial. Na expectativa do boom no comércio eletrônico, centros de distribuição e logística foram construídos e hoje perdem inquilinos, de acordo com a “Bloomberg”.

Foram investidos cerca de US$ 100 bilhões por instituições globais, coletivamente, em armazéns, edifícios industriais, torres de escritórios e outros imóveis comerciais no país na última década, é o que mostram dados da MSCI Real Capital Analytics, segundo o veículo de notícias.

Nesse cenário, os proprietários desses locais se vêem forçados a reduzir os aluguéis e encurtar os prazos de locação. Enquanto isso, os fundos imobiliários com propriedades comerciais na China despencaram e espera-se que a renda de aluguel dos gestores também caia.