Segunda maior economia do mundo

China fixa 5% como meta de crescimento do PIB para este ano

A meta considerada "ambiciosa" por analistas

China mira em alta de 5% do PIB
China (Foto: unsplash)

A China almeja um crescimento econômico de cerca de 5% para este ano, uma meta considerada “ambiciosa” por analistas, considerando os desafios que a segunda maior economia do mundo enfrenta, desde a crise no mercado imobiliário até a fraca confiança dos investidores.

O premiê Li Qiang divulgou uma meta de déficit fiscal da China alinhada com os números de 2023, juntamente com novos incentivos especiais do governo central. No entanto, sua proposta decepcionou alguns investidores, que esperavam um aumento maior nos gastos para estimular a economia. 

Ao apresentar seu relatório de trabalho para quase 3 mil delegados reunidos no Congresso Nacional do Povo em Pequim, Li ressaltou que a base para a recuperação e melhoria contínua da economia chinesa ainda não está sólida, citando uma demanda insuficiente, excesso de capacidade de produção em diversas indústrias, expectativas sociais fracas e riscos persistentes.

Os investidores estão atentos às reuniões deste ano do Congresso Nacional do Povo e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, buscando indícios sobre as estratégias do presidente Xi Jinping para enfrentar a desaceleração econômica. 

O relatório de abertura do encontro é crucial, pois delineia os objetivos econômicos anuais e estabelece o tom para as políticas governamentais ao longo do ano. No ano anterior, o relatório também estipulou uma meta de crescimento em torno de 5%, a menor em anos.

China terá desafios em metas econômicas 

Embora as metas anunciadas na China estejam em grande parte em linha com as previsões do mercado, analistas destacaram que alcançar a meta de crescimento de 2024 será mais desafiador do que em 2023.

No ano anterior, a China registrou um crescimento de 5,2%, impulsionado pelo efeito de base baixa durante a pandemia, o que tornou a comparação favorável.

“Será mais difícil repetir o crescimento de 5% em 2024”, disseram analistas do ING. Especialistas observaram que o consumo impulsionou a recuperação em 2023, porém, a baixa confiança do consumidor representará um obstáculo maior para replicar esse cenário em 2024.

“É bom que as autoridades estabeleçam uma meta de crescimento tão ambiciosa para demonstrar sua posição em favor do crescimento”, afirmou Larry Hu, economista da Macquarie, em uma nota de análise. entretanto, Hu argumentou que o discurso forneceu “poucas novas pistas sobre como atingir a meta”.