Conforme foi informado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária nesta sexta-feira (27), o Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação sobre as importações de carne bovina. A iniciativa não se restringe apenas ao Brasil, mas a todos os países exportadores de carne bovina para o país asiático.
Deve ser analisado na investigação o período que compreende o ano de 2019 até o primeiro semestre de 2024. A expectativa é de que esse processo dure oito meses.
Não houve adoção de qualquer medida preliminar, até o momento, sendo assim, a tarifa de 12% “ad valorem” que a China aplica sobre as importações de carne bovina segue vigente.
“Durante os próximos meses, e seguindo o curso e os prazos legais da investigação, o governo brasileiro, em conjunto com o setor exportador, buscará demonstrar que a carne bovina brasileira exportada à China não causa qualquer tipo de prejuízo à indústria chinesa, sendo, pelo contrário, importante fator de complementaridade da produção local chinesa”, afirmou o ministério em nota.
A investigação preocupa, ao passo que China é hoje o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Somente este ano as exportações brasileiras do produto para o país parceiro superaram 1 milhão de toneladas.
“O governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas”, diz a nota.
China revisa PIB de 2023 , mas não vê impacto para 2024
A China revisou para cima, nesta quinta-feira (26), seu crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023 para 2,7%, o que representa ¥ 3,4 trilhões a mais e um total revisado de ¥ 129,4 trilhões (US$ 17,73 trilhões). Os novos resultados foram divulgados pelo chefe do Escritório Nacional de Estatísticas país, Kang Yi.
Porém, o país avalia que a correção não vai impactar o crescimento deste ano, com mais estímulos previstos para 2025, afirma a “Reuters”.
As políticas de suporte à economia da China aqueceram as atividades e vão ajudar o país a atingir a meta de crescimento de 5%, mas as perspectivas de aumento de tarifas dos EUA com o presidente eleito Donald Trump podem levar a uma desaceleração no ano que vem.
Em coletiva de imprensa, Kang Yi afirmou que a China “resistiu ao teste de vários riscos internos e externos nos últimos cinco anos e manteve uma tendência geralmente estável enquanto progredia”.
Em censos quinquenais anteriores, o país revisou para cima o crescimento de 2018, em 2,1% e de 2013, em 3,4%.