A China não voltou a comprar carne de frango do Brasil após o surto da doença de Newcastle detectado em julho. As declarações foram do Ministério da Agricultura à “Reuters” nesta terça-feira (6).
Os representantes do ministério declararam que as autoridades da China ainda estão avaliando a situação, mesmo após o governo anunciar o controle do surto, o qual as autoridades afirmaram ter sido um caso isolado no estado do Rio Grande do Sul (RS).
As autoridades evitaram prever quando as vendas poderiam ser retomadas.
A China é o parceiro comercial mais importante do Brasil, sendo o maior exportador de carne de frango do mundo.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Brasil, Roberto Perosa, afirmou que a China pode entrar em contato com o Brasil sobre o fim do embargo nos próximos dias.
Já Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Brasil, chegou a dizer que estava aliviado pelo fato de o Brasil ter conseguido encerrar o “período de emergência sanitária” no Rio Grande do Sul. De acordo com o “InfoMoney”, isso poderia auxiliar na questão do caso de Newcastle, que foi rapidamente controlado.
China deve ter queda em atividade manufatureira em julho
A atividade fabril da China deve encolher pelo terceiro mês consecutivo, em julho, conforme uma pesquisa da “Reuters” divulgada nesta segunda-feira (29). O dado mantém vivas as expectativas de que as autoridades chinesas precisarão liberar mais estímulos, ao passo que a crise imobiliária e a insegurança no emprego estão afetando o crescimento do país.
O PMI (índice de gerente de compras) da China foi previsto em 49,3, inferior à leitura de junho de 49,5, conforme a estimativa mediana de 31 economistas ouvidos pela pesquisa. A marca de 50 pontos separa o crescimento do recuo da atividade.
O país teve um crescimento muito mais lento do que o esperado no segundo trimestre de 2024, com o setor de consumo sendo o tema de muita preocupação. O avanço das vendas no varejo reduziu ao patamar mais baixo em 18 meses, ao passo que as pressões deflacionárias forçaram as companhias a reduzir os preços de tudo, como carros, alimentos e roupas.