A China decidiu manter as taxas de juros referenciais de empréstimos pelo quinto mês consecutivo, conforme esperado pelos analistas e de acordo com as previsões do mercado.
A decisão, tomada nesta quinta-feira (20), reflete uma abordagem mais cautelosa da política monetária em um cenário econômico em recuperação.
O banco central, que desde o início do ano tem adotado uma postura de política monetária “adequadamente frouxa”, agora enfrenta uma redução na necessidade de implementar mais medidas de estímulo, dado o início de sinais de recuperação econômica e o estreitamento contínuo das margens de lucro dos credores.
As taxas de referência de empréstimos, conhecidas como LPR (Loan Prime Rate), foram mantidas inalteradas: a LPR de um ano permanece em 3,1%, enquanto a LPR de cinco anos segue em 3,6%.
Esta decisão é amplamente esperada, como mostrou uma pesquisa recente realizada pela Reuters com 33 participantes do mercado. Desses, 29, ou 88%, previam que as taxas não seriam alteradas neste momento.
O recente desempenho econômico da China, com a divulgação de dados positivos sobre a produção industrial e as vendas no varejo, tem dado suporte à ideia de que a recuperação econômica do país está ganhando força.
Pequim, por sua vez, também tem implementado novas medidas de estímulo, com foco em impulsionar o consumo interno, um dos principais motores da economia.
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Essas ações, em conjunto, têm ajudado a reduzir a urgência de novas intervenções monetárias mais agressivas, embora o cenário ainda requeira vigilância para garantir uma recuperação robusta e sustentável.
Banco da China promete flexibilização monetária no futuro próximo
Na semana passada, o Banco do Povo da China anunciou que adotará medidas de redução das taxas de juros e de compulsório quando considerar o momento mais adequado.
Além disso, a autoridade monetária assegurou que continuará com uma política de liquidez ampla no sistema financeiro, com o objetivo de apoiar a recuperação econômica do país.
A decisão reflete uma postura cautelosa, mas flexível, do banco central chinês, que busca estimular a atividade econômica sem provocar excessiva inflação ou instabilidade no mercado financeiro.
Essa orientação vem em um momento em que a China começa a observar sinais de uma recuperação gradual em alguns setores, mas ainda enfrenta desafios significativos para impulsionar o crescimento sustentável.
A manutenção de uma política de liquidez ampla visa garantir que os bancos e outras instituições financeiras tenham os recursos necessários para financiar o consumo e os investimentos, além de proporcionar suporte às empresas em um período de recuperação econômica.
“É possível esperar mais afrouxamento monetário, como cortes nas taxas de juros ou no compulsório, este ano. Mas o banco central está aguardando o momento certo para fazer isso, provavelmente quando houver menos pressão de depreciação sobre o iuan”, disseram analistas do Commerzbank.
