China: PIB tem crescimento de 4,8% no 1º trimestre

Aumento supera expectativas no país, e meta de expansão para o ano é de 5,5%

O ONE (Escritório Nacional de Estatísticas) da China divulgou, nesta segunda-feira (18), o crescimento de 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) no país. O registro foi maior do que o especulado por economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, e pela “Reuters”, que previam a expansão de 4,6%.

O crescimento econômico da China registrado nos três primeiros meses deste ano foi maior do que os 4% do mesmo período de 2021, segundo a divulgação do ONE.

Segundo as autoridades chinesas, o PIB cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o período entre outubro e dezembro do último ano, desacelerando em relação ao aumento trimestral de 1,6% no trimestre anterior.

Resultados na China superam expectativas em um cenário difícil no país 

De acordo com os relatórios emitidos pela ONE, a maior parte do crescimento dos três primeiros meses do ano foi distribuída entre janeiro e fevereiro. No mês de março, os surtos de covid-19 ao redor do país resultaram na implementação de novas medidas protetivas, que incluíram lockdowns nos principais centros industriais do país.

Com isso, a manutenção dos bloqueios comerciais resultou também no fechamento de fábricas, que manteve dezenas de milhões de trabalhadores chineses em confinamento.

Além disso, a produção industrial teve crescimento de 5% no mês de março, e as expectativas do governo chinês é de crescimento de 5,5% do PIB no país até o final do ano.

Entretanto, ainda segundo dados da instituição de estatísticas, o desemprego urbano também teve alta de 5,8% no terceiro mês do ano, e o comércio no varejo teve queda de 3,5%.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia também contribuiu para o aumento dos preços das commodities, após as sanções de diversas nações ocidentais contra o governo russo. Ademais, houve a interrupção no fornecimento global de produtos como petróleo, trigo, e metais.

A alta inflacionária nos mercados dos EUA e da Europa também foi um fator que pressionou os consumidores, o que gerou impacto direto na exportação de produtos manufaturados na China. 

Logo, o anúncio feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, superou as expectativas dos acionistas, devido a todas as problemáticas que acometeram o país no primeiro trimestre deste ano.

Todavia, a alta de 5,5% do PIB especulada pelo governo da China ainda permanece acima das previsões do Banco Mundial, que segue pautada nas restrições impostas devido á covid-19, e nos anúncios de dados inflacionários do país.

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