Geopolítica

China quer ampliar parceria na América Latina

A China quer “elevar continuamente a parceria estratégica China-Bolívia”, disse ministro das Relações Exteriores do país

Foto: Pexels/China
Foto: Pexels/China

Enquanto Pequim, capital chinesa, busca melhorar sua posição em uma região que tem histórico de influência dos EUA, o ministro das Relações Exteriores disse à colega boliviana, que a China sempre será amiga e parceira “confiável” da América Latina.

“A América Latina é o lar do povo latino-americano e não é o ‘quintal’ de nenhum país”, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. A declaração do político ocorreu durante a reunião nas Nações Unidas na terça-feira (18), de acordo com um comunicado de seu ministério.

A China quer “elevar continuamente a parceria estratégica China-Bolívia”, disse Wang à Celinda Sosa, ministra das Relações Exteriores da Bolívia.

A Bolívia está no grupo de países latino americanos que se aproximaram economicamente da China através de dívidas e investimentos, ao estabelecer laços diplomáticos com Pequim em 1985.

A China é o maior credor bilateral do mundo e tem com a Bolívia, um país rico em recursos naturais, um negócio de empréstimo superior a US$1,7 bilhão, de acordo com dados do Banco Mundial.

“A China apoia os países latino-americanos na defesa de sua soberania, independência e dignidade nacional”, disse Wang, segundo a “CNN Brasil”.

Além disso, o ministro chinês também parabenizou a Bolívia por ter se tornado membro do Brics, um grupo de nações em desenvolvimento fundado por Brasil, Rússia, Índia e China para rivalizar com uma ordem mundial dominada pelo Ocidente. 

Desde então, o grupo cresceu para incluir também África do Sul, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

China pede cooperação com UE em meio a ‘desafios globais’

Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o país está disposto a trabalhar com a UE (União Europeia) para impulsionar a cooperação e responder aos “desafios globais”, ao passo que o bloco enfrenta possíveis tarifas dos EUA sobre suas remessas para a maior economia do mundo.

“O mundo está enfrentando o risco de divisão, fragmentação e desordem”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério chinês. 

“As relações entre a China e a UE têm ainda mais importância estratégica e influência global”, prosseguiu.

Em paralelo a isso, o chefe de comércio da UE comentou na terça-feira (4) sobre o desejo do bloco em se envolver rapidamente com os EUA sobre as tarifas planejadas pelo presidente Donald Trump.

Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que as negociações com Washington seriam difíceis, de acordo com a “CNN Brasil”.

Os defensores de uma política agressiva contra a China dentro da UE, como von der Leyen,  estão apontando sinais de vontade em repensar o relacionamento entre Pequim e Bruxelas, assim como os laços transatlânticos estão sob tensão com as ameaças tarifárias de Trump.

von der Leyen disse, em discurso em Bruxelas, que a UE continuaria a “reduzir o risco” de seu relacionamento com a China. No entanto, ela acrescentou que havia espaço para “encontrar soluções” de interesse mútuo e “encontrar acordos” que poderiam até mesmo expandir os laços comerciais e de investimento. Porém, ela não detalhou quais poderiam ser esses acordos.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile