O IPC (Índice de preços aos consumidor), principal indicador de inflação na China, registrou alta de 1,5% no mês de março, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês na madrugada desta segunda-feira. Segundo o relatório, o IPP (Índice de preços no produtor) cresceu 8,3%.
O resultado dos indicadores foram maiores do que os esperados pelos analistas na última semana, baseados nos acontecimentos do mercado da China. A projeção era de um aumento de 7,9% para os produtores, e de 1,2% para os preços no consumidor.
De acordo com o relatório do GNE, um dos principais fatores para o aumento dos indicadores foi o surto de covid-19 que está afetando diversas regiões da China, resultando no retorno de medidas restritivas que podem incluir fechamento de comércios, e também lockdown no país.
Além disso, o aumento dos preços das matérias-primas ao redor do mundo também foi um dos motivos destacados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, considerando a subida dos índices inflacionários em diversas regiões a nível global, e a baixa de ações de empresa tecnológicas na Ásia na última semana.
Os preços dos bens de consumo industrial registraram crescimento de 1,1% em relação ao mês de março de 2021, além do aumento de 0,3% se comparado ao mês anterior deste ano. Segundo o relatório da GNE, a alteração dos preços neste setor foi devido ao aumento dos valores de energia no país.
Enquanto isso, o setor de alimentos apresentou o crescimento de 1,5% nos preços em relação ao mesmo mês no ano anterior.
Já o IPP, se comparado ao mês de fevereiro de 2022, teve alta registrada de 1,1%, ainda impulsionado pelo constante aumento dos preços de commodities internacionais, que têm provocado alterações nos valores de metais não ferrosos e no petróleo, além das ações de tecnologia da China.