
A China passa por uma transição energética e aumento na demanda dos setores de tecnologia e defesa. O fenômeno transformou o país asiático em um dos maiores importadores de minerais estratégicos do Brasil, segundo levantamento feito pelo CEBC (Conselho Empresarial Brasil China) divulgado nesta sexta-feira (18).
Segundo Túlio Carielo, diretor de conteúdo e pesquisa do CEBC, as vendas de minério de cobre alcançaram o recorde de US$ 331 milhões no primeiro trimestre de 2025. O valor representa uma alta de 180 por cento em comparação ao mesmo período de 2024.
De acordo com o conselho, a matéria-prima teve maior crescimento relativo entre os dez principais itens do setor exportador tanto em volume quanto em valor. A transição energética é vista pelo grupo como um dos maiores incentivos para o crescimento das exportações nacionais.
O período também registrou maior volume embarcado em sua série histórica, no total de 124 toneladas. O resultado levou a matéria-prima a representar 2% de todas as exportações brasileiras para a China.
Desde 2024 a China já havia liderado o ranking com 20% de participação nas exportações brasileiras, um salto de 9% em apenas seis anos. O Brasil possui algumas das maiores reservas mundiais de cobre, lítio, nióbio e manganês, insumos essenciais para a indústria chinesa.
Minerais estão sobre risco de taxação
O documento foi divulgado em período de guerra Comercial entre China e EUA, o presidente Donald Trump é contra a transição energética. Nesta terça-feira (15) o presidente norte-americano ordenou uma investigação para avaliar a necessidade de tarifar minerais estratégicos.
A mais recente ação, em uma guerra comercial em expansão, quer apurar se há impacto das importações desses materiais “na segurança e resiliência dos EUA”, segundo a Casa Branca. Caso o secretário de comércio verifique déficit, Trump poderá impor novas tarifas substituindo as recentes taxações recíprocas.