Siderúrgicas

China suspende aprovação de novas usinas em meio a crise do setor

O mercado acredita que o setor precisará encolher ainda mais para se adaptar a uma economia que está cada vez menos dependente da construção

China/ Foto: Unsplash / China
China/ Foto: Unsplash / China

A China suspendeu abruptamente seu sistema de aprovação de novas usinas siderúrgicas, enquanto o governo digere a forte queda na demanda que “esmagou” os lucros do setor e alimentou o forte aumento nas exportações, o maior em quase uma década.

Durante muito tempo, Pequim, a capital da República Popular da China, exigiu a eliminação da capacidade existente como condição para a construção de novas usinas.

Essas regras não serão mais aplicadas a partir desta sexta-feira (23), e o governo desenvolverá um programa alternativo, disse em comunicado o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação.

Nos últimos meses, houve um crescimento dos pedidos de ação por parte das autoridades chinesas, enquanto os preços do aço despencaram em meio a um excesso de produção.

A demanda recuou mais de 10% desde 2020, e parte do mercado acredita que o setor precisará encolher ainda mais para se adaptar a uma economia que está cada vez menos dependente da construção com uso intensivo de aço, conforme dados da Bloomberg.

China passa Brasil e EUA na venda de veículos para a América Latina

China desbancou o Brasil e os EUA na venda de veículos na América Latina e passou a assumir a liderança do mercado na região, segundo o ITC (International Trade Center).

Nos últimos cinco anos, a China quadruplicou as vendas de automóveis para a América Latina. Se em 2019 vendeu automóveis por US$ 2,18 bilhões, em 2023 atingiu US$ 8,56 bilhões, 20% do total medido em dinheiro, para se tornar o principal fornecedor da região.

Os EUA, que ocupavam o primeiro lugar até 2021, chegaram a 17%, enquanto os carros fabricados no Brasil caíram de 14% para 11% no ano passado.

No mercado emergente de veículos elétricos, o domínio é maior: 51% das vendas na região correspondem a carros do gigante asiático, enquanto praticamente todos os ônibus elétricos são chineses.

“O crescimento dos fabricantes de automóveis chineses nos últimos anos tem sido exponencial, graças a melhorias significativas na qualidade, tecnologia e design”, disse à AFP Andrés Polverigiani, gerente de inteligência de marketing automotivo da consultoria Nyvus.

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