O atacarejo, forma de comércio que reúne atributos de duas formas tradicionais de comercialização, tem ganhando espaço entre os brasileiros, principalmente por conta da inflação em alta. Segundo levantamento feito pelo McKinsey ao Estadão, a fatia do atacarejo no varejo de alimentos saltou de 35% para 40%. Hoje, no país são 2 mil lojas desse perfil.
A expectativa é que esse modelo ganhe ainda mais participação, alcançando 50% das vendas nos próximos anos. “Em meio à pressão inflacionária, o único formato que conseguiu ser resiliente foi o atacarejo”, comentou Roberto Tamaso, sócio da McKinsey ao Estadão.
Segundo o Tamaso, o estudo evidência que , no futuro próximo, não há perspectiva de que a sensibilidade do consumidor ao quesito preço venha a diminuir.
“Os consumidores estão dispostos a comprar produtos mais econômicos. O varejo terá de ter oferta de produto, e isso também abre a possibilidade para a marca própria”, disse.
A pesquisa apontou que 70% dos consumidores estão buscando melhores preços e que 40% se dizem abertos a comprar opções mais econômicas.