O setor público consolidado, que inclui Estados, governo central, municípios e estatais, exceto a Petrobras e Eletrobras, pode ter o melhor resultado primário neste ano desde 2013, quando foi a última vez que as contas fecharam no azul, com superávit de R$ 91,306 bilhões. Em 2020, o resultado foi negativo em R$ 702,950 bilhões. As informações são do InfoMoney.
Esta possível alta deve ser influenciada pela elevação da inflação e pela arrecadação federal. Vale lembrar que o consumo de bens cresceu significativamente, impulsionando o ICMS e afetando o dado de forma positiva. Além disso, os programas emergenciais travaram gastos públicos e promoveram o adiamento do programa de dívidas dos governos.
Contudo, ainda é esperado um aumento nas despesas em 2022, em que ocorrerá o período eleitoral com o espaço de R$ 91,6 bilhões, que pode ser aberto com a possível aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios no Senado. A perda da credibilidade fiscal, por conta das manobras para romper o teto de gastos, também apontam uma inversão da trajetória da dívida pública.
O economista da MCM Consultores, Renan Martins, declarou que já previa um superávit neste ano desde o resultado de agosto, que somou R$ 16,729 bilhões, um recorde para o mês. Até o momento, o setor público consolidado soma superávit de R$ 14,171 bilhões em 2021, o melhor para o acumulado de janeiro a setembro desde 2013.