Com mercado aquecido, pedidos semanais de auxílio-desemprego caem nos EUA

Mesmo longe do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril de 2020, o número atual continua acima da faixa considerada saudável.

O crescimento do mercado de trabalho e abertura de novas vagas de emprego nos Estados Unidos já começou a surtir efeito prático. O país registrou uma queda significativa, de 26 mil, nos novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. Contudo, a escassez de mão de obra ainda frustra as empresas.

Com a queda, foram registrados 360 mil pedidos iniciais, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 10 de julho, de acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (15). O volume ainda está um pouco distante da faixa de 200 mil a 250 mil, que é vista como compatível com as condições saudáveis do mercado de trabalho, mas bem abaixo do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril do ano passado.

Mesmo com a abertura recorde de 9,2 milhões de vagas no final de maio, o país ainda sofre com uma forte escassez de trabalhadores. Segundo a Reuters, os cerca de 9,5 milhões de desempregados não teriam se recolocado no mercado de trabalho devido à falta de creches acessíveis, ao medo de se contaminar com a covid-19, assim como a mudanças de carreira e aposentadorias relacionadas à pandemia.

Para incentivar a procura por emprego, o governo norte-americano já cortou benefícios federais em cerca de 20 estados, como o cheque semanal de US$ 300. As medidas começaram no dia 12 de junho e vão até 31 de julho, no entanto, não há indícios de que tenham causado um aumento na procura por emprego.

Para os demais estados, os benefícios seguirão até o dia 6 de setembro. Jerome Powell, chair do Federal Reserve,  acredita que “os ganhos de empregos sejam fortes nos próximos meses, à medida que as condições de saúde pública continuam melhorando e alguns dos outros fatores relacionados à pandemia que atualmente pesam diminuam”, disse aos parlamentares nesta quarta (14).