Depois de uma temporada fraca no ano passado, o comércio global deve voltar a mostrar resultados positivos neste primeiro trimestre, porém ainda em patamar modesto. As previsões integram o Barómetro do Comércio de Mercadorias da OMC (Organização Mundial do Comércio), divulgado na sexta-feira (8).
Uma das preocupações da instituição para a influência sobre o comércio global são as tensões geopolíticas, que seguem como um risco às perspectivas de curto prazo. As informações são do InfoMoney.
O índice do OMC apontou uma leitura de 100,6, o que sugere uma continuidade na recuperação gradual do comércio de bens, dentro dos próximos meses deste ano.
Contudo, os vários conflitos regionais e tensões políticas espalhadas pelos blocos geográficos, podem, facilmente, prejudicar os ganhos comerciais.
Resultados e impactos sobre o comércio global
Enquanto isso, o volume do comércio de bens global teve queda de 0,4% no terceiro trimestre de 2022, relativo ao trimestre anterior. Na comparação anual, esse índice recuou 2,5%.
O crescimento relativamente forte, nos três primeiros trimestres de 2022, é o que acentua a queda ano a ano no terceiro trimestre de 2023, disse a OMC.
No período de janeiro a outubro de 2023, o comércio de bens seguiu em linha estável, tendo em vista o volume praticamente sem alterações no 3º período do ano, subindo somente 3,2% em dois anos.
Conforme a previsão mais recente da OMC, feita em 5 de outubro de 2023, os resultados foram mais negativos que o esperado. Isto porque, estimava-se avanço de 0,8% no comércio de mercadorias no ano passado, segundo o portal de notícias.
Ademais, os outros índices de composição do barómetro são, em maioria, neutros. Os indicadores de encomendas de exportação estão em 101,7, enquanto o frete aéreo segue em 102,3, com alta leve.
Já as medidas de transporte marítimo de contêineres ficou em 98,6 e o comércio de matérias-primas em 99,1, ligeiramente abaixo da tendência.
Bem acima da tendência, o índice de produção e vendas de automóveis fechou em 106,3, na leitura da OMC. Porém, esse índice do comércio global tem perdido força nos últimos tempos.