A partir deste sábado (1º), produtos do México, Canadá e China estarão sujeitos a novas tarifas impostas pelos EUA, conforme anúncio do presidente Donald Trump.
As tarifas para o México e o Canadá serão de 25%, enquanto as importações da China terão uma taxa de 10%.
No entanto, o petróleo canadense terá uma taxa reduzida de 10%, com sua implementação prevista apenas para o dia 18 de fevereiro.
Trump também indicou que pretende aplicar tarifas à União Europeia no futuro, alegando que o bloco não tem tratado os EUA de maneira justa.
Especialistas afirmam que essas medidas de Trump, assim como a recente disputa com a Colômbia sobre deportações, demonstram que os países precisarão atender às exigências dos EUA, ou enfrentar as consequências.
Sanções dos EUA contra a Colômbia
O presidente Donald Trump anunciou sanções contra a Colômbia depois que Gustavo Petro, presidente do país, criticou a nova política de imigração dos EUA.
No último domingo de janeiro (26), Petro se negou a permitir o pouso de dois aviões militares dos EUA que transportavam colombianos deportados.
Como retaliação, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre todas as importações colombianas, com o aumento da taxa para 50% dentro de uma semana.
Além disso, Washington ameaçou impor sanções bancárias e financeiras, além de restringir viagens e revogar vistos de funcionários do governo colombiano.
Diversificação de parcerias como estratégia para a América Latina
Analistas apontam que uma das medidas mais eficazes para a América Latina é a diversificação das parcerias comerciais, a fim de reduzir a dependência dos EUA. Essa dependência histórica pode ser arriscada, especialmente em tempos de tensão.
Ao longo das décadas, os EUA foram a principal potência parceira da América Latina, desde a aplicação da Doutrina Monroe, que proibia a intervenção europeia nas Américas, passando por políticas intervencionistas e apoio a ditaduras durante a Guerra Fria, até os acordos mais recentes de cooperação econômica e combate ao crime organizado.
Contudo, essa proximidade pode se tornar um ponto vulnerável, quando a dependência dos EUA se transforma em um fator passível de exploração, conforme alertam especialistas.
Nesse contexto, as recentes ações de Trump são vistas por analistas como uma oportunidade para rivais dos EUA, como a China, aumentarem sua influência na região.