Como uso das reservas dos EUA afeta consumidor

Veja quais serão os impactos do uso da reserva norte-americana e como atinge os preços em território nacional.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de usar as reservas dos Estados Unidos para colocar 50 milhões de barris de petróleo no mercado, em uma estratégia de tentar reduzir o preço da commoditie no cenário inflacionário norte americano (veja mais aqui), deve impactar o bolso do consumidor. 

Apesar do efeito ser inevitável, haverá um intervalo de tempo entre a medida de utilizar as reservas estratégicas de petróleo até que atinja a bomba de gasolina para o comprador. Isso porque os 700 milhões de barris que ficam no subterrâneo de Louisiana e do Texas precisam ser refinados, o que irá levar tempo neste processo até chegar ao mercado.

Desta forma, os preços serão impactos, porém não imediatamente e sim em um período de médio e longo prazo. Será necessário primeiro que o processo de refinamento para que posteriormente o consumidor sinta o impacto.

A medida de Biden acontece como uma espécie de segundo plano, uma vez que ele havia solicitado para a Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que considerassem conter os aumentos dos combustíveis. Entretanto, o pedido foi em vão e teve a recusa dos respectivos envolvidos.

O  Brasil terá preço do combustível atingido?

O preço que atingirá as bombas dos postos de gasolina brasileiros não deve ter resultado visível ou notório, uma vez que a Opep tem maior influência sobre o valor da comodditie. Os membros desta organização atuam de maneira conjunta para que haja um controle dos preços dos barris de petróleo, visando à competitividade e estabilidade no mercado petrolífero.

Os impactos sobre as ações de utilizar os reservatórios note-americano não terá muita influência internacional, pois no mercado global de petróleo, a Opep é a entidade capaz de coordenar ações para interferir diretamente no valor do barril. A organização reúne os principais produtores do setor, como Irã, Iraque, Líbia e Arábia Saudita.

No que diz respeito ao cenário nacional, o preço dos combustíveis sofrem com outras influências como a cotação do dólar, aumento da demanda (com a retomada das atividades em ritmo maior que o esperado), a restrição da oferta (que não acompanhou a alta demanda), elevação dos preços de biocombustíveis, aumento dos papéis da Petrobras no mercado financeiro, além do ICMS (tributo estadual) que representa 27,7% sob o combustível.

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