Incerteza

Confiança da indústria recua em janeiro, aponta FGV

O ICI do FGV IBRE caiu em janeiro 1,3 ponto, resultando em uma média de 98,4 pontos

Foto: CanvaPro / Indústria
Foto: CanvaPro / Indústria

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) caiu em janeiro 1,3 ponto, resultando em uma média de 98,4 pontos. No trimestre, a média móvel avançou 0,5 ponto, chegando a 98,9 pontos.

Em janeiro, houve queda na confiança na maioria dos segmentos, 10 dos 19 setores consultados. Esse resultado expõe um pessimismo com relação aos próximos meses e apresenta consonância com o ISA (Índice Situação Atual) que subiu 0,1 ponto, somando 100,9 pontos.

Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, a confiança na indústria caiu como resultado da cautela de empresários com expectativas e desaceleração dos indicadores presentes: “ Apesar dos estoques seguirem em níveis satisfatórios, a percepção sobre a demanda é pior entre as categorias de uso. As expectativas reforçam a ideia de que o início de 2025 pode ser diferente, em ritmo mais fraco do que foi observado no ano anterior.”, complementa.

Mesmo com o ano de 2024 apresentando bons resultados, o cenário macroeconômico envolvendo a taxa de juros e câmbio desvalorizado apresentam instabilidade. Em consonância o IE (Índice de expectativas) caiu 2,7 pontos, ficando com 95,9.

IBGE: juros, inflação de alimentos e dólar explicam queda da indústria

Em um quadro com a confiança de empresários e consumidores abalada por influência da piora nas expectativas com as taxas de juros, a inflação dos alimentos e a valorização do dólar, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) acredita ser a fonte da queda na produção industrial brasileira. 

André Macedo, gerente do IBGE responsável pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), tem uma percpectiva de perda “clara” da intensidade da indústria no quarto trimestre de 2024, a partir dos resultados de outubro (-0,2%) e novembro (-0,6%).

“O resultado de novembro está em linha com questões importantes. O nível de confiança do empresário e do consumidor em arrefecimento. Ainda não acho que haja efeitos diretos [do juro], porque leva um tempo para impacto [na atividade], mas a expectativa acaba afetada”, afirmou o profissional do IBGE sobre o efeito dos juros no resultado.

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