Confiança do comerciante tem 1ª queda em três meses

A retração ocorre depois do acúmulo de uma expansão de 30,7%.

A confiança do comerciante apresentou a primeira queda após três meses de altas expressivas, apontou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou um tímido recuo de 0,4%, na série dessazonalizada, mas o indicador permaneceu na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, a 119,3 pontos.

A retração ocorre depois do acúmulo de uma expansão de 30,7% desde junho. Se comparado com um ano antes, o aumento é de 30,2%, correspondendo a um padrão de confiança superior ao de 2020.

“A queda da confiança empresarial pode estar associada à pressão sobre os custos advinda da alta dos combustíveis e do aumento da tarifa de energia elétrica, por conta da crise hídrica, além de refletir as expectativas com relação aos efeitos da inflação sobre o consumo”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Trados.

Trados acredita que os dados sinalizam que a ideia de crise recessiva está, gradativamente, sendo deixada de lado e inflacionando menos a confiança do comércio, contudo, ele ressaltou que ainda existem muitos desafios a serem enfrentados até a economia do país retornar aos seus altos níveis de crescimento.

Além disso, a economista da CNC, Izis Ferreira, salienta que com o avanço da vacinação, a queda do índice não está ligada a uma nova onda da Covid-19. “Está associada a uma relativa acomodação, em que fatores como a inflação, desocupação ainda elevada, e o aumento dos juros estão contribuindo para a deterioração das expectativas em geral”, explicou.

 

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