Receio

Confiança do consumidor nos EUA cai 57 pontos em março

A expectativa para a inflação no período de um ano cresceu para 5% ante resultado de 4,3% em fevereiro

Bessent vai se desfazer de investimentos
Bandeira dos EUA / Foto: Unsplash

O Índice de confiança do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, caiu 57 pontos em março. Divulgado nesta sexta-feira (28), o medidor que batia 64,7 em fevereiro teve sua terceira queda mensal seguida e ficou abaixo das expectativas dos especialistas do Wall Street Journal.

A expectativa para a inflação no período de um ano cresceu para 5% ante resultado de 4,3% em fevereiro. O valor denota a maior alta desde novembro de 2022 e marca três leituras consecutivas de crescimento.

A diretora da pesquisa, Joanne HSU, afirmou em nota que a queda de março reflete a preocupação de todos os americanos decorrentes das novas políticas tarifárias do presidente Donald Trump. As informações são do jornal Valor Econômico.

“Os republicanos agora se juntam aos independentes e democratas ao expressarem expectativas cada vez piores sobre suas finanças pessoais, condições de negócios, desemprego e inflação desde fevereiro”, ela afirma.

Moody’s se aproxima de rebaixamento do rating dos EUA

O risco tarifário deixou a Moody’s Investors Service mais perto de cortar sua classificação “AAA” do governo dos EUA esta semana, com a empresa de classificação de crédito emitindo novas previsões sobre déficits mais altos e taxas de juros elevadas, ambos os quais prejudicarão a capacidade do país de pagar suas dívidas.

Qualquer rebaixamento seria uma decisão politicamente carregada, que já desencadeou reações negativas para outras empresas de classificação no passado.

Tanto a S&P quanto a Fitch já rebaixaram os EUA para AA+.

O lento avanço das tarifas, combinado com maiores cortes de impostos, possivelmente aumentará o déficit em cerca de um terço na próxima década, para 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo a Moody’s.

A agência mudou sua perspectiva sobre os EUA para negativa em 2023, mas evitou um rebaixamento, mencionando a força única do dólar e do mercado do Tesouro.