Queda de 2,9%

Confiança econômica atinge menor nível em 8 meses, diz ACSP 

Quando o índice fica abaixo de 100 indica uma postura mais pessimista por parte dos consumidores

Foto: Canva
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A confiança dos consumidores na economia sofreu uma queda em fevereiro, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) por meio da plataforma PiniOn. O índice caiu 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o Índice Nacional de Confiança (INC) da ACSP atingindo 99 pontos. 

Quando o índice fica abaixo de 100, isso indica uma postura mais pessimista por parte dos consumidores. Essa é a primeira vez desde junho de 2024 que a ACSP observa um cenário de desconfiança em relação à economia. 

A retração na confiança afetou todas as regiões do Brasil, com destaque para o Centro-Oeste e o Norte. 

Além disso, a pesquisa revelou uma diminuição geral da confiança nas diferentes classes sociais, sendo mais acentuada entre as famílias da classe C. A amostra da pesquisa incluiu 1.679 famílias em todo o Brasil, residentes tanto em capitais quanto em cidades do interior.

FGV: confiança do consumidor tem maior queda em 3 anos

A confiança do consumidor sofreu a mais forte queda em mais de três anos em janeiro, sob influência do cenário de maior pressão inflacionária, principalmente nos alimentos, analisou Anna Carolina Gouveia, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas).

O Índice de confiança do consumidor caiu 5,1 pontos no primeiro mês de janeiro, para 86,2 pontos, sendo a maior queda desde setembro de 2021, quando o recuo foi de 6,6 pontos, apontou a FGV.

A especialista afirmou que, em janeiro, o humor do consumidor foi afetado principalmente por expectativas menos favoráveis, em relação ao futuro. Em sua visão, o menor ímpeto de consumo acontece em um cenário em que as respostas em relação ao momento presente mostraram também cenário negativo.

“Todos os indicadores recuaram e todos recuaram pela segunda vez consecutiva”, disse a técnica, ao lembrar que o ISA e o IE também mostraram recuo, em dezembro do ano passado, embora mais fracos do que os registrados em janeiro, respectivamente de 1,3 pontos e de 4,3 pontos.

“Mas a queda de maior magnitude, em todas as respostas componentes do ICC, foi no quesito ‘situação financeira futura’”, disse a economista do FGV.

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