O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou nesta terça-feira (30) que o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas foi uma “freada mais brusca” no Orçamento da União, que deve “prejudicar bastante as ações dos ministérios na ponta”. Além disso, ele atribuiu o congelamento a um “pacto” do governo federal com o mercado e defendeu um ajuste fiscal com prazo maior.
“Esse corte vai prejudicar bastante as ações dos ministérios na ponta. Mas é da vida”, disse Marinho, de acordo com o “Valor”, em entrevista coletiva para comentar os dados do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do mês de junho, também divulgados nesta terça-feira.
“Há um pacto que foi feito com o mercado, sem entrar no mérito se foi certo ou errado. Mas o pacto foi feito, e tem que cumprir”, disse ele.
O congelamento, que é a união entre o contingenciamento e o bloqueio de despesas, foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em meados de julho. O objetivo do movimento é cumprir a meta de resultado primário do governo federal estabelecida sobre o limite de gastos.
Congelamento de R$ 15 bi ainda é insuficiente para meta fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou, na última quinta-feira (18), um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para o cumprimento do arcabouço fiscal.
Do montante, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bilhões, contingenciados. Ambas as alternativas representam cortes temporários.
O anunciado gerou boas reaçoes no mercado, mas especialistas ouvidos pelo BP Money sinalizaram que a medida ainda é insuficiente para atingir a meta de déficit zero.