Apesar da recente imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente Donald Trump, os EUA seguem firmes entre os principais parceiros comerciais do Brasil.
Junto com a China, Argentina e Alemanha, o país norte-americano ainda figura no topo da lista dos que mais movimentam negócios com os brasileiros, de acordo com os dados mais recentes de comércio exterior divulgados pelo governo federal.
Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil registrou um superávit de US$ 30,09 bilhões na balança comercial, conforme números consolidados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Países que o Brasil mais exportou (jan a jun de 2025)
Posição | País | Valor de Exportação (US$) | Participação no Total |
---|---|---|---|
1º | China | US$ 47,68 bilhões | 28,75% |
2º | Estados Unidos | US$ 20,02 bilhões | 12,07% |
3º | Argentina | US$ 9,12 bilhões | 5,50% |
4º | Países Baixos (Holanda) | US$ 5,61 bilhões | 3,39% |
5º | Espanha | US$ 4,70 bilhões | 2,84% |
6º | México | US$ 3,44 bilhões | 2,07% |
7º | Canadá | US$ 3,41 bilhões | 2,06% |
8º | Singapura | US$ 3,15 bilhões | 1,90% |
9º | Chile | US$ 3,10 bilhões | 1,87% |
10º | Alemanha | US$ 2,93 bilhões | 1,77% |
— | Outros países | US$ 62,66 bilhões | 37,78% |
Ainda que o saldo permaneça positivo, houve uma redução significativa de 27,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, as exportações alcançaram US$ 165,87 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 135,78 bilhões.
A China segue como o maior destino dos produtos brasileiros, com impressionantes 28,75% das exportações — o equivalente a US$ 47,68 bilhões. Em segundo lugar vêm os EUA, responsáveis por US$ 20,02 bilhões, o que representa uma fatia de 12,07% do total exportado pelo Brasil. Fechando o pódio está a Argentina, com compras estimadas em US$ 9,12 bilhões (5,50%).
Entre os itens mais exportados para esses países estão veículos de passageiros, soja e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus — produtos que continuam sendo os motores do comércio exterior brasileiro.
Brasil amplia importações e mantém foco em grandes potências
Nos primeiros seis meses de 2025, o Brasil continuou concentrando suas importações em três grandes parceiros comerciais: China, Estados Unidos e Alemanha. Essas nações ocuparam, respectivamente, as três primeiras posições no ranking de origem das mercadorias que entraram no país.
A liderança é da China, que respondeu por 26,29% de tudo que o Brasil comprou no exterior no período — o equivalente a impressionantes US$ 35,69 bilhões em produtos importados. Logo atrás, os Estados Unidos também se mantiveram como um fornecedor estratégico, com US$ 21,69 bilhões em vendas para o Brasil, representando 15,98% das importações brasileiras.
A Alemanha aparece em terceiro lugar, fornecendo US$ 7,04 bilhões, o que corresponde a 5,19% do total importado no semestre.
Entre os itens mais comprados dessas economias estão motores e máquinas industriais não elétricas, plataformas e estruturas flutuantes, além de medicamentos e produtos farmacêuticos (excluindo os de uso veterinário). Esses produtos reforçam o papel desses países como fornecedores essenciais de insumos e tecnologias para a indústria e o setor de saúde brasileiro.