Economia

Consumo: brasileiros estão comprando mais no atacarejo, diz pesquisa

O consumo das carnes no atacarejo subiu 5,6% em setembro e 11,8% em outubro, segundo pesquisa Scanntech

Foto: CanvaPro
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As carnes de corte mais nobres, a exemplo do filé mignon, maminha, alcatra e contrafilé, entraram no novo padrão de consumo dos brasileiros, que agora preferem o atacarejo do que os supermercados. 

Nos últimos meses, especialmente entre setembro e outubro, os preços da carne bovina aumentaram, o que ajudou o novo comportamento de consumo, segundo pesquisa da Scanntech, empresa de inteligência de mercado no varejo alimentar.

A empresa comparou preços e volumes de venda nos dois canais de distribuição. O consumo das carnes no atacarejo subiu 5,6% em setembro e 11,8% em outubro, enquanto as vendas nos supermercados caíram 1,9% em setembro, com avanço de apenas 1,8% em outubro ante os mesmos meses de 2023.

O comportamento dos consumidores era o inverso até agosto, quando os preços estavam em retração, Na época havia uma nítida preferência pelos supermercados, segundo o “InfoMoney”.

A pesquisa sinalizou que houve um diferencial de preços que motivou o cenário, uma vez que os reajustes recentes foram menores nos atacados de autosserviço. Nos atacarejos, o aumento anualizado de preços do foi de 10,2%, enquanto que nos supermercados houve um reajuste de 12%.

Os supermercados viram um aumento de 0,7% nos preços dos cortes de carnes mais nobres em agosto, enquanto os atacarejos tiveram queda de preços de 1,6%.

Sendo assim, o movimento nos atacarejos cresceu, tendo como exemplo a picanha, cujo volume de vendas nesses pontos de distribuição regionais cresceu 26,3%, enquanto nos supermercados houve retração.

Outros cortes premium, como filé mignon (+8,9%), maminha (+2,1%), patinho (+21,6%), alcatra (+11%) e contrafilé (+1,3%), também registraram desempenho superior nos atacarejos regionais, segundo o veículo.

Consumo nos lares cresce quase 1% em um ano, diz Abras

Nos lares brasileiros, o consumo cresceu 0,95% em setembro de 2024, na comparação com setembro de 2023, disse Marcio Milan, vice-presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (31).

O consumo está em nível positivo no acumulado deste ano, alinhado à projeção de alta de 2,50%. No entanto, anteriormente, na passagem de agosto para setembro, houve uma queda de 1,30%.

Milan explicou que essa baixa mensal tem relação com a sazonalidade devido ao maior consumo na celebração do Dia dos Pais, além disso, o mês de setembro tem um dia a menos no calendário.

De janeiro a outubro, o setor de consumo registrou a inauguração de 279 lojas, informou Milan, de acordo com a “CNN”.

O destaque do vice-presidente da Abras foi que o crescimento gradual do emprego formal e a melhora na renda das famílias têm ajudado o consumo, A expectativa da Associação é que o indicador siga positivo no resto do ano.

“É importante a regularidade do governo com programas de transferência de renda”, falou Milan.

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