Economia

Consumo nos lares brasileiros cresce 4,4% em novembro, diz Abras

O consumo dos alimentos básicos, cesta de 12 produtos acompanhada pela associação, cresceu a 11,95% no acumulado de janeiro a novembro

IPCA
Consumo/ Foto: reprodução/Fernando Frazão

O consumo nos lares brasileiros teve alta de 4,4% em novembro em relação ao mesmo período de 2023. Conforme dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), no acumulado deste ano até novembro, o indicador acumula alta de 2,85%, acima do que foi projetado.

O cálculo da associação indica que a cesta de 35 produtos de largo consumo que formam a Abrasmercado tiveram alta de 3,02% em novembro frente a outubro, enquanto na soma de janeiro a novembro a porcentagem chega a 8%. 

Nas linhas desse consumo, em alimentos básicos, cesta de 12 produtos acompanhada pela associação, a alta acumulada chegou a 11,95% de janeiro a novembro. Já no período de 12 meses o crescimento foi de 13,74%.

Marcio Milan, o vice-presidente institucional da Abras, disse que em pesquisa recente, a instituição verificou queda de 7,25% na cesta de produtos natalinos, isto por conta das promoções de fim de ano, de acordo com a “CNN”.

Consumo: brasileiros estão comprando mais no atacarejo, diz pesquisa

As carnes de corte mais nobres, a exemplo do filé mignon, maminha, alcatra e contrafilé, entraram no novo padrão de consumo dos brasileiros, que agora preferem o atacarejo do que os supermercados. 

Nos últimos meses, especialmente entre setembro e outubro, os preços da carne bovina aumentaram, o que ajudou o novo comportamento de consumo, segundo pesquisa da Scanntech, empresa de inteligência de mercado no varejo alimentar.

A empresa comparou preços e volumes de venda nos dois canais de distribuição. O consumo das carnes no atacarejo subiu 5,6% em setembro e 11,8% em outubro, enquanto as vendas nos supermercados caíram 1,9% em setembro, com avanço de apenas 1,8% em outubro ante os mesmos meses de 2023.

O comportamento dos consumidores era o inverso até agosto, quando os preços estavam em retração, Na época havia uma nítida preferência pelos supermercados, segundo o “InfoMoney”.

A pesquisa sinalizou que houve um diferencial de preços que motivou o cenário, uma vez que os reajustes recentes foram menores nos atacados de autosserviço. Nos atacarejos, o aumento anualizado de preços do foi de 10,2%, enquanto que nos supermercados houve um reajuste de 12%.

Os supermercados viram um aumento de 0,7% nos preços dos cortes de carnes mais nobres em agosto, enquanto os atacarejos tiveram queda de preços de 1,6%.

Sendo assim, o movimento nos atacarejos cresceu, tendo como exemplo a picanha, cujo volume de vendas nesses pontos de distribuição regionais cresceu 26,3%, enquanto nos supermercados houve retração.

Outros cortes premium, como filé mignon (+8,9%), maminha (+2,1%), patinho (+21,6%), alcatra (+11%) e contrafilé (+1,3%), também registraram desempenho superior nos atacarejos regionais, segundo o veículo.